Por Epoch Times
A Câmara dos Deputados de Ohio aprovou um projeto de lei que proíbe abortos se os batimentos cardíacos do feto forem detectados, segundo a The Associated Press.
A legislação, que é chamada de “Projeto de Lei Pulsação”, foi aprovada com 59 votos a favor e 35 contra. Agora será encaminhado para o Senado de Ohio.
Isso significa que a proibição do aborto poderá ser aplicada às mães a partir de seis semanas de gravidez.
Em dezembro de 2016, o governador de Ohio, John Kasich, vetou o projeto, alegando que era inconstitucional. Ao mesmo tempo, ele assinou a proibição do aborto após 20 semanas, informou a agência AP.
O projeto de lei Pulsação “fornece um indicador mais consistente e confiável para os tribunais determinarem a validade de um bebê humano”, disse a deputada republicana Christina Hagan, que patrocina o projeto, segundo o Columbus Dispatch.
“Sabemos que quando o batimento cardíaco pára”, acrescentou ela, “perdemos uma vida humana”.
“O ponto é que este é o momento. Não importa se o governador está conosco ou contra nós”, disse Hagan ao jornal. Por sua parte, o governador eleito Mike DeWine, ex-procurador-geral republicano de Ohio que assumirá o cargo em poucos meses, disse que irá assinar o Projeto de Lei Pulsação”.
Kasich, por outro lado, disse que voltaria a vetar o projeto, de acordo com o News5.
“O aborto é um ataque à família. O aborto é um ataque a Ohio porque destrói os corações e as mentes das mulheres”, disse a deputada Candice Keller, de Middletown, ao jornal Dayton Daily News. O projeto de lei poderá salvar 20 mil vidas a cada ano, disse ela.
“Não há uma palavra sobre isso na Constituição”, disse Keller, referindo-se à decisão de Roe versus Wade na Suprema Corte dos Estados Unidos em 1973, de acordo com o Cleveland.com.
O projeto foi fortemente rejeitado por muitos democratas e grupos como o Planned Parenthood e o NARAL Pro-Choice, informou o Daily News.
Em 2017, houve 20.893 abortos induzidos em Ohio, representando um aumento de 1% em relação a 2016, informou o Daily News. Desses abortos, mais de 11 mil foram realizados com nove semanas ou menos, e 6.084 foram realizados entre nove e doze semanas.