O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, fez um apelo nesta quinta-feira pelo defesa da democracia no Equador, após o assassinato do candidato presidencial Fernando Villaviencio na saída de um comício eleitoral em Quito.
“O inimigo da democracia é o crime organizado”, disse Almagro no início de uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA em Washington, onde acrescentou que a organização está disposta a concentrar seus esforços para “garantir o Estado de direito” no Equador.
Antes da intervenção de Almagro, os representantes permanentes da organização respeitaram um minuto de silêncio pela morte de Villavicencio, ocorrida a dez dias das eleições presidenciais no Equador.
O embaixador do Equador na organização, Mauricio Montalvo, agradeceu a solidariedade da OEA e disse que seu país está “devastado” pela criminalidade.
“Momentos trágicos e sombrios pairam sobre nós”, declarou Montalvo, acrescentando que a Justiça do seu país lutará para que o “lamentável” homicídio “não fique impune”.
O candidato assassinado, que era jornalista de profissão e se destacou por sua luta contra a corrupção e a máfia, denunciou semanas atrás ter recebido ameaças de morte.
O presidente do país, Guillermo Lasso, decretou nesta quinta-feira o estado de exceção por 60 dias e ratificou que as eleições serão realizadas na data prevista, dia 20 de agosto, mas com a mobilização de militares em todo o território equatoriano
O assassinato de Villavicencio ocorreu em meio a uma escalada de violência no Equador, que fechou o ano passado com uma taxa de 25,32 mortes violentas por 100.000 habitantes, a maior desde que existem registros.
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