Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times
O presidente norte-americano Donald Trump disse no domingo (27) que o presidente Barack Obama não tomou medidas para impedir a interferência russa na eleição presidencial de 2016 nos EUA a fim de garantir a vitória de Hillary Clinton.
“Por que o presidente Obama não fez algo sobre a chamada intrusão russa quando ele foi informado sobre isso pelo FBI antes da eleição?”, escreveu Trump no Twitter. “Porque ele achava que a desonesta Hillary ganharia, e ele não queria perturbar o andar da carruagem! Ele estava no comando, não eu, e ele não fez nada.”
Mensagens de texto entre altos funcionários do FBI, Peter Strzok e Lisa Page, sugerem que a Casa Branca na gestão Obama conspirou com a CIA, o FBI e os democratas do Senado nos estágios iniciais da investigação sobre os supostos laços da campanha de Trump com a Rússia. Investigações sobre como a investigação foi tratada revelaram que a gestão Obama empregou grampos, desmascarando, intimações secretas e pelo menos um espião para monitorar e infiltrar a campanha de Trump.
Em meio à ampla operação de contrainteligência, a gestão Obama nunca alertou o candidato Trump de que sua campanha era alvo de interferência estrangeira.
O Departamento de Justiça anunciou na semana passada que está investigando se alguém na gestão Obama se envolveu em se infiltrar na campanha de Trump para “propósitos inapropriados”.
A investigação sobre como a sondagem do uso de um servidor privado de e-mail por Hillary Clinton foi tratada também está sob escrutínio. Os textos de Page-Strzok mostram que Obama queria “saber tudo” sobre a investigação. No início deste mês, o inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, apresentou um esboço “extremamente longo e completo” sobre o tratamento da sondagem sobre o servidor de e-mail de Clinton. O relatório deve conduzir a pelo menos um encaminhamento para processo criminal, disse uma fonte familiarizada com as descobertas a Sara Carter, uma correspondente de segurança nacional.
As origens da investigação russa estão sob escrutínio desde que pelo menos um espião do FBI se infiltrou na campanha de Trump muito antes do início oficial da investigação sobre a Rússia em 31 de julho de 2016. O Departamento de Justiça (DOJ) obstruiu os pedidos do Congresso e da Casa Branca para revelar mais sobre o espião e as origens da investigação.
O DOJ apresentou pelo menos alguns documentos relativos ao espião para membros do Congresso e funcionários do Departamento de Justiça e do FBI em 24 de maio.
Rudy Giuliani, o advogado do presidente Trump, disse à Fox News no domingo que o presidente recusará uma intimação do conselheiro-especial Robert Mueller, a menos que os detalhes sobre o espião e as origens da investigação russa sejam revelados à equipe de Trump.
“Se eles não nos mostrarem esses documentos, bem, teremos que dizer não”, disse Giuliani à Fox.
“Estamos cada vez mais convencidos, à medida que acompanhamos, de que se trata de uma investigação fraudulenta”, disse o advogado à CNN numa ocasião separada. “Agora, temos toda essa nova questão do ‘Spygate’ [o escândalo da infiltração de espiões na campanha de Trump], além de outras questões legítimas.”
Até o momento, sete funcionários da gestão Obama que desempenharam um papel na operação de vigilância da campanha de Trump foram encaminhados para investigação criminal.