Na última quarta-feira (14), a jornalista Emmanuele Khouri entrevistou o autor do best-seller “O Mínimo Sobre o Foro de São Paulo” e diretor do canal PHVox, Paulo Henrique Araújo para o Epoch Times e o canal NTD Brasil. Ele abordou questões envolvendo o BNDES, Partido dos Trabalhadores (PT), Foro de São Paulo, Grupo de Puebla e mais.
O Foro de São Paulo é uma organização responsável pela articulação política da esquerda na América Latina. Fundado em 1990 por Lula e o falecido ditador cubano Fidel Castro, o Foro congrega os principais partidos políticos de esquerda do continente, agentes criminosos e movimentos sociais. Ligações do grupo com guerrilhas narcoterroristas como as FARC, da Colômbia, são amplamente documentadas.
O Grupo de Puebla é uma organização que milita pelas causas do Foro de São Paulo e tem membros do Foro entre seus fundadores e membros. Ele já foi citado como um grupo de fachada para o Foro de São Paulo.
A transcrição abaixo vem da edição de quarta-feira do programa “jornal da NTD”:
Emmanuele Khouri: Paulo, muito obrigada por conversar com a NTD. Bom, ontem Lula indicou para ser o novo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que é um dos coordenadores do Grupo de Puebla, que tem os mesmos fundadores que o Foro de São Paulo. Agora, durante os governos do PT, o BNDES financiou projetos em países liderados por membros do Foro. Então, pode citar para o nosso público alguns desses episódios e as preocupações envolvidas?
Paulo Henrique Araújo: Obrigado pelo convite. É sempre um prazer estar aqui na NTD. Bom é preocupante porque através do BNDES nós tivemos vários financiamentos que foram postos como legais ao longo do tempo, mas que tiveram alguns pontos de aprovação que partiram do tráfico de influência.
Nós temos diversos casos para relatar, mas existem dois que eu acho que vale bastante a pena comentarmos aqui. O primeiro que envolve inclusive tráfico de influência internacional, o famoso porto de Mariel. O porto de Mariel, entregue no governo Dilma Rousseff. Mas ele não foi um projeto direto entre Brasil e Cuba, ele foi um pedido de Hugo Chávez a Emílio Odebrecht, para que ele fizesse a construção e fosse o empreiteiro desse porto dentro de Cuba.
E devido às diversas restrições que existiam e ainda existem quanto a Cuba por parte do governo americano, Emílio Odebrecht falou que estaria disposto a cuidar dessa obra, a tocar esta obra, só que precisaria de um garantidor terceirizado. E foi aí que o Brasil entrou. Hugo Chaves trata diretamente com o Lula, e nós temos todo o financiamento através do BNDES, para pagar a Odebrecht para fazer esta obra dentro de Cuba.
Isso foi um dado que o próprio Emílio Odebrecht disse, em delação premiada dentro da Operação Lava Jato, isso em 2016. Outro caso envolve o ex-presidente de Honduras, o Zelaya. Ele já estava negociando com o Brasil o financiamento do BNDES para algumas represas dentro de Honduras. E o que nós tivemos em seguida, ele foi tirado do governo por tentar dar um golpe dentro do sistema eleitoral.
Na época, o Brasil teve um papel determinante em cima disso, dando inclusive refúgio para o Zelaya dentro da embaixada brasileira. Na época, foi um escândalo internacional. E recentemente, Xiomara Castro, a sua esposa, tornou-se presidente de Honduras. Nós vimos recentemente, sendo veiculado nas redes sociais, um discurso dela falando que virá à posse no dia 1 de janeiro, com o intuito de já conversar com o Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar sobre investimentos do BNDES para esta obra que estava parada desde a época do Zelaya.
Então, percebemos que a estrutura de integração regional, que comumente os membros do Foro de São Paulo chamam de Pátria Grande, e temos a questão do grupo de Puebla, que é aquela parte diplomática mais limpa de um tentáculo do Foro de São Paulo, sendo utilizado para isso.
Eu gostaria de fazer aqui um adendo, nós teremos Fernando Haddad também que, além de fazer parte da estrutura do Foro de São Paulo, também é da Internacional Progressista e dentro das suas competências como ministro da Fazenda, já está falando, inclusive, de avançar com o plano de uma moeda regional.
Então, essa integração vai passar por financiamentos e, se aprovado esse projeto, também pode ser para recuperação de toda a economia de diversas repúblicas socialistas quebradas aqui no continente.
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