Número crescente de empresas e organizações estão retirando exigências de vacinação

Exigência para empresas privadas foi interrompida na semana passada pela OSHA

22/12/2021 10:26 Atualizado: 22/12/2021 10:26

Por Jack Phillips

Mais e mais as empresas, nos últimos dias, abandonaram as regras anteriores que exigiam a vacinação contra a COVID-19 como uma condição para emprego, em uma tentativa de manter os trabalhadores.

No início desta semana, a Amtrak- uma empresa de sociedade econômica mista – tornou-se a última a rescindir sua exigência de vacinação em meio a preocupações com a falta de pessoal e corte de serviço em janeiro. Em um memorando enviado à equipe, que foi obtido pelo Epoch Times, o CEO da Amtrak, William Flynn, declarou que a empresa dispensaria a exigência que dava aos funcionários até 4 de janeiro para se vacinar totalmente ou sair de licença sem vencimento.

Cerca de 500 dos mais de 17.000 funcionários da Amtrak não foram vacinados, de acordo com o memorando. Ainda assim, a perda repentina de muitos trabalhadores teria causado interrupções no serviço, sugeriu Flynn, enquanto observava que a Amtrak estava agindo de acordo com as ordens judiciais recentes proferidas contra as amplas ordens de vacinas do presidente Joe Biden.

Vários hospitais e sistemas de saúde também rescindiram os decretos de vacinação para funcionários e citaram questões trabalhistas que foram acionadas pelos novos requisitos. No início de dezembro, a AdventHealth, da Flórida, anunciou o fim de sua exigência da vacina para cerca de 83.000 trabalhadores, também citando as várias liminares recentes contra os decretos federais.

“Devido às recentes decisões dos tribunais federais de bloquear a exigência da vacina [Centros de Serviços Medicare e Medicaid], estamos suspendendo todos os requisitos de vacinação de nossa política de vacinação contra a COVID-19”, afirmou Neil Finkler, diretor clínico da AdventHealth, em uma carta à equipe. A mudança ocorreu após os Centros de Serviços Medicare e Medicaid confirmarem ao Epoch Times que a agência suspendeu a execução após duas ordens judiciais há várias semanas.

Um trem de passageiros Amtrak passa na estação da Pensilvânia, em Nova Iorque, no dia 27 de abril de 2017 (Mike Segar / Reuters)
Um trem de passageiros Amtrak passa na estação da Pensilvânia, em Nova Iorque, no dia 27 de abril de 2017 (Mike Segar / Reuters)

Tenet Healthcare, HCA Healthcare e Cleveland Clinic, recentemente anunciaram que também estão recuando, citando preocupações trabalhistas. Junto com a AdventHealth, as três empresas de saúde operam 300 hospitais e têm mais de 500.000 funcionários.

Eles citaram ordens judiciais recentes que impediram os Centros de Serviços do Medicare e Medicaid de obrigar o cumprimento de seu decreto em instalações médicas financiadas pelo Medicare e Medicaid. A regra foi anunciada por Biden no mesmo dia em que ele confirmou que imporia exigências a funcionários do governo federal, empresas que têm contratos com o governo federal e, o mais polêmico, empresas que têm 100 ou mais trabalhadores.

O decreto para empresas privadas, programado para ser executado pela Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA), foi interrompido pela agência no mês passado após uma decisão contundente que foi emitida por um painel de juízes do Tribunal de Recursos do Quinto Circuito dos EUA. Na época, a OSHA afirmou que continuava confiante de que o governo federal acabaria por prevalecer no tribunal.

“Temos visto alguns relatos anedóticos de hospitais que pausaram ou reverteram seus decretos de vacinação à luz do processo legal que está ocorrendo atualmente”, afirmou a American Hospital Association em um comunicado ao The Washington Post sobre as recentes decisões hospitalares sobre os requisitos da vacina.

Mas a organização afirmou que “não acha que a maioria dos hospitais está mudando suas exigências, mas alguns podem estar optando por exigir testes semanais ou outras estratégias de mitigação para trabalhadores não vacinados”, enquanto “alguns também decidiram não mais demitir funcionários não vacinados”.

No início desta semana, o conselho do Los Angeles Unified School District, por diferentes razões, votou esmagadoramente a favor do adiamento de sua exigência de vacinação para estudantes, de janeiro de 2022 até o outono de 2022, após dezenas de milhares de estudantes afirmarem que não obedeceriam – o que significa que eles não iriam poder assistir às aulas presenciais.

A Huntington Ingalls Industries, a maior construtora naval dos Estados Unidos, anunciou que não irá exigir o decreto para contratados federais do governo Biden. A empresa declarou aos seus 44.000 trabalhadores que não era obrigada por contrato a obedecer, embora um juiz federal na Geórgia tenha posteriormente bloqueado o decreto.

A Universidade de Iowa também retirou recentemente sua diretiva de vacinas para funcionários que trabalham em contratos federais de seu site, após ordem de um juiz federal no mês passado. A presidente do Senado da Universidade de Iowa, Teresa Marshall, afirmou no dia 7 de dezembro que a exigência foi suspensa até que os processos federais sejam resolvidos.

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