O presidente do Peru, Pedro Castillo, enfrentará na próxima quarta-feira um novo processo de impeachment, que foi aceito ontem no Congresso, a partir do voto favorável de 73 parlamentares, enquanto 32 foram contrários e seis se abstiveram.
A moção de destituição foi apresentada no legislativo pelo deputado independente Edward Málaga e pede que o chefe de governo, que assumiu em 28 de julho do ano passado, seja afastado do cargo por “permanente incapacidade moral”.
O documento apresentado pelo parlamentar, com mais de 110 páginas, garante existirem “fortes indícios de corrupção, grave indignidade e questionamentos morais e éticos” contra o presidente peruano.
Málaga garante ter a “plena convicção de que a saída mais exitosa” para a crise política no país é “a antecipação das eleições gerais”, que definiriam um novo presidente.
Para o deputado, o pedido de destituição de Castillo “deveria servir como um primeiro passo para esse rearranjo das condições democráticas”.
O pedido para votação do trâmite foi entregue na última terça-feira, com assinatura de 67 parlamentares dos partidos de oposição Força Popular, Aliança para o Progresso, Renovação Popular, Avança País e Somos Peru.
Este é o terceiro processo de impeachment que Castillo enfrentará em pouco mais de um ano. O primeiro, em dezembro de 2021, não teve trâmite aceito no Parlamento, e o segundo, em março desta ano, recebeu apenas 53 votos a favor.
De acordo com a Constituição do Peru, para que o presidente seja afastado, na votação em plenário, 87 dos 130 parlamentares deverão votar favoráveis ao pedido.
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