Por André Assi Barreto, Senso Incomum
As pesquisas de intenção de voto (haveria uma filial do Datafolha na Austrália?) para a eleição australiana desse sábado (18) acusavam suposta vitória do Partido Trabalhista, de esquerda, na Austrália. Mas segundo fala do próprio vencedor, milagre foi operado e coalizão à direita venceu no país. O choro da ala “progressista” e os ataques ao distrito de “Queensland” só reforçam que a esquerda tem o mesmo discurso em qualquer lugar do planeta.
Trecho do discurso de vitória de Scott Morrison pode ser visto aqui:
Australia has spoken. Scott Morrison and the Coalition have triumphed over the Labor party. #AusVotes #Auspol pic.twitter.com/5CaGY1SGe7
— news.com.au (@newscomauHQ) May 18, 2019
Choro de esquerdistas podem ser vistos por todo o Twitter, basta procurar pela tag #ausvotes. Muçulmana lacradora vê elo entre eleição de Donald Trump, Brexit e as eleições de hoje na Austrália:
Election results like Australia, Brexit, the US, make it difficult to parse the world we live in. I’m not berated by people every time I walk down a street, in any country really, but then one wonders, what are those people thinking? #ausvotes
— Yassmin Abdel-Magied (@yassmin_a) May 18, 2019
Distrito de Queensland foi decisivo para a manutenção da coalizão de direita, o que despertou a ira da turma “do bem”. Basta conferir a tag #Queensland no Twitter também:
New Queensland tourism slogan: beautiful one day, sending Australia into a hellscape of xenophobia, sexism, classicism, populist cruelty and environmental diseaster as this country disappears into the water and destroys itself, the next #ausvotes
— Nakkiah Lui (@nakkiahlui) 18 May 2019
As desculpas são as de sempre: sexismo, xenofobia, negacionismo do aquecimento global etc.
O G1, poucas horas antes da eleição, noticiava as pesquisas que davam vitória aos trabalhistas.
Apesar da coalizão incluir liberais e conservadores, a ala atual (e vitoriosa) é de linha mais dura com imigração e histeria climática. Ainda não há certeza se governarão sozinhos (o que exigiria 72 cadeiras no Parlamento), mas a vitória já é certa e o concorrente Trabalhista já admitiu derrota e pediu demissão da condição de líder do partido.
Andre Assi Barreto é professor de Filosofia e História das redes pública e privada de São Paulo. Aluno do professor Olavo de Carvalho. Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Também trabalha com revisão, tradução e palestras. Autor de “Saul Alinsky e a Anatomia do Mal” (ed. Armada, 2019)