Por Mimi Nguyen Ly
Uma nova variante do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês) foi detectada na África do Sul, anunciou seu ministro da saúde, Joe Phaahla, na quinta-feira.
Os cientistas afirmam que a nova variante é uma preocupação por possuir um grande número de mutações e se espalhou rapidamente entre os jovens em Gauteng, a província mais populosa do país, relataram em uma coletiva de imprensa online.
“Nos últimos quatro ou cinco dias, houve um aumento exponencial [de novas infecções]”, relataram os cientistas sobre o número de casos do vírus do PCC na África do Sul.
Um aumento nos casos, que pareciam decorrentes de surtos em grupos de estudantes em Pretória e Tshwane, levou os cientistas a estudarem o sequenciamento genômico e, posteriormente, descobrir a nova variante, afirma Phaahla.
Cientistas da África do Sul estão agora trabalhando para determinar qual porcentagem dos novos casos foi causada pela nova variante, identificada como B.1.1.529.
10 casos confirmados até o momento
Até o momento, 10 casos da nova variante foram confirmados por sequenciamento genômico, com três casos em Botswana, onde foi detectada pela primeira vez; seis casos na África do Sul; e um caso em Hong Kong, em um viajante sul-africano.
Na semana passada, os novos casos diários na África do Sul aumentaram rapidamente de cerca de 200 para mais de 1.200 na quarta-feira. Na quinta-feira, o número quase dobrou para 2.465.
O Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis não atribuiu o ressurgimento mais recente à nova variante, mas alguns importantes cientistas locais suspeitam que essa seja a causa.
“Embora os dados sejam limitados, nossos especialistas estão trabalhando horas extras com todos os sistemas de vigilância estabelecidos para entender a nova variante e quais seriam as implicações potenciais”, afirmou o NICD em um comunicado.
Em resposta às notícias da nova variante, Israel e o Reino Unido decretaram bloqueio às viagens para África do Sul, Lesoto, Botswana, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Essuatíni.
‘Constelação’ de novas mutações
A nova variante tem uma “constelação” de novas mutações, relatou Túlio de Oliveira, da Rede de Vigilância Genômica na África do Sul. Ele acrescentou que o alto número de mutações é “uma preocupação”, pois pode tornar o vírus capaz de escapar da imunidade.
“Esta nova variante tem muito, muito mais mutações”, incluindo mais de 30 na proteína que afeta a transmissibilidade, declarou. “Podemos ver que a variante está potencialmente se espalhando muito rápido. Esperamos começar a ver uma pressão ao sistema de saúde nos próximos dias e semanas”.
De Oliveira afirma que uma equipe de cientistas de sete universidades sul-africanas está estudando a variante. Eles possuem 100 genomas completos da variante, declarou.
O secretário de saúde do Reino Unido, Sajid Javid, relata haver preocupações de que a nova variante “pudesse ser mais transmissível” do que a cepa delta dominante, e “as vacinas que temos atualmente podem ser menos eficazes” contra ela.
O grupo de trabalho técnico da Organização Mundial da Saúde sobre a evolução do vírus se reunirá na sexta-feira para discutir a nova variante em uma sessão de urgência solicitada pela África do Sul. O grupo pode decidir se lhe será atribuído um nome do alfabeto grego.
A Associated Press contribuiu para esta reportagem.
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