Nicarágua e Rússia assinaram um protocolo de cooperação binacional com o objetivo de “fortalecer” seus “modelos eleitorais”, informou nesta quinta-feira (15) o regime do país centro-americano.
O chamado “Protocolo de Cooperação no domínio do aperfeiçoamento da legislação, promoção da cultura jurídica dos eleitores, desenvolvimento e utilização de tecnologias modernas nos processos eleitorais e referendos e reforço da cooperação bilateral” foi assinado por representantes dos poderes legislativos dos dois países, segundo informações oficiais.
“Esta cooperação permitirá um intercâmbio de experiências que levará ao fortalecimento institucional de nossos modelos eleitorais, cada um com suas particularidades que respondem às necessidades de nossos povos”, disseram as autoridades nicaraguenses em comunicado.
O protocolo foi assinado eletronicamente na véspera entre a presidente do Conselho Supremo Eleitoral da Nicarágua, Brenda Rocha, e sua homóloga da Comissão Central Eleitoral da Federação Russa, Alexandrovna Pamfilova, informou o regime nicaraguense.
Citada pela mídia pró-governo, Brenda Rocha afirmou que o protocolo é um “instrumento que servirá para unir ainda mais os laços e relações de amizade, solidariedade e trabalho que nos permitirão continuar avançando em espírito de união para o desenvolvimento democrático e soberano dos nossos povos”.
Por sua vez, Alexandrovna Pamfilova disse que “com a assinatura deste protocolo, a nossa relação harmoniosa atinge um novo nível e espera desenvolver ainda mais a cooperação entre as nossas instituições, bem como as relações bilaterais entre os nossos países”.
A Nicarágua assinou o protocolo sobre questões eleitorais com a Rússia após a realização de eleições gerais e municipais em 2021 e 2022, respectivamente, cujos processos foram rejeitados pela comunidade internacional devido a fraudes, eliminação de três partidos da oposição e prisão de dissidentes.
No pleito de 2021, o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e sua esposa, Rosario Murillo, foram reeleitos com sete candidatos presidenciais da oposição na prisão e outros dois no exílio.
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