Nicarágua e China assinaram nesta sexta-feira um memorando de entendimento para promover o ensino do mandarim nas escolas e universidades do país centro-americano.
A assinatura do memorando, realizada em Manágua, foi assinada pelo vice-diretor geral do Centro de Educação e Cooperação Linguística do Ministério da Educação da República Popular da China, Yu Tiangi, e pela ministra da Educação da Nicarágua, Lilliam Herrera.
Laureano Ortega Murillo, filho do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e de sua esposa Rosario Murillo, esteve presente na assinatura, que foi acessível apenas à imprensa oficial e aos membros do partido do regime sandinista, em sua função de assessor presidencial para a promoção de investimentos, comércio e cooperação internacional.
Ortega Murillo agradeceu ao líder do regime da China, Xi Jinping, e ao Partido Comunista Chinês, “por manterem a alta atenção e a prioridade ao relacionamento de cooperação bilateral com o povo e o governo da República da Nicarágua”.
Ele enfatizou que o aprendizado do mandarim é um “pilar fundamental para fortalecer todos os ramos e áreas da cooperação bilateral”.
“Estamos falando de idioma, de como se comunicar entre os seres humanos e, a partir daí, fortalecer a cooperação econômica, comercial, política e diplomática, os programas sociais e os programas culturais”, disse.
Ortega Murillo explicou que o Centro de Educação e Cooperação em Idiomas do Ministério da Educação da República Popular da China divulgará “o idioma chinês em nosso país (Nicarágua), por meio do ensino em escolas e também em universidades”.
Na semana passada, por ocasião do 202º aniversário da independência da Nicarágua da Coroa Espanhola, Xi Jinping enviou uma mensagem a Daniel Ortega, na qual disse que atribuía “grande importância” ao desenvolvimento das relações bilaterais, que foram restabelecidas em dezembro de 2021.
No final de agosto do ano passado, Nicarágua e China assinaram um acordo de livre comércio que entrará em vigor em 2024.
Os dois países retomaram as relações diplomáticas em dezembro de 2021, depois que a Nicarágua cortou os laços oficiais com Taiwan, um território cuja soberania é reivindicada por Pequim, mesmo nunca tendo governado a ilha.
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