O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira que os ataques das forças aéreas, navais e terrestres do país na Faixa de Gaza são um “sucesso extraordinário”, quando se completa um mês da guerra contra o grupo terrorista islâmico palestino Hamas.
“Gostaria de dizer a vocês que o que vemos em terra, a partir dos relatórios que o Gabinete de Guerra e eu recebemos, e as conversas com comandantes e soldados é um sucesso extraordinário”, declarou Netanyahu durante visita à base militar de Tzelim, a cerca de 25 quilômetros da Faixa de Gaza.
“É verdade que há problemas. Há drones, dispositivos explosivos improvisados e fogo antitanque. Às vezes, há perdas muito dolorosas, mas, no geral, o sucesso é fenomenal”, acrescentou o primeiro-ministro.
“Não pretendemos parar, pretendemos continuar até o fim”, enfatizou, em meio à crescente pressão internacional por um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza.
Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, após sofrer um ataque do grupo terrorista islâmico que deixou mais de 1.400 mortos e 5,4 mil feridos em eu território, além de mais de 230 pessoas sequestradas e levadas para Gaza.
Em uma mensagem televisionada do quartel-general militar de Kirya, em Tel Aviv, Netanyahu se dirigiu a seus cidadãos para garantir que “a guerra está avançando com uma força que o Hamas nunca viu”.
Essas declarações foram dadas no mesmo dia em que as forças israelenses anunciaram que suas tropas, “pela primeira vez em décadas, estão lutando no coração da Cidade de Gaza”.
“O Hamas está descobrindo que estamos chegando a lugares que ele achava que nunca chegaríamos”, enfatizou Netnayahu, que prometeu, no início da guerra, eliminar o grupo terrorista islâmico.
Na Guerra dos Seis Dias de 1967, Israel ocupou a Faixa de Gaza, um território do qual se retirou em 2005, mas que mantém sob bloqueio aéreo, terrestre e marítimo desde então.
O primeiro-ministro também reforçou declarações anteriores do ministro da Defesa, Yoav Gallant, de que “não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns” – cerca de 240 pessoas, incluindo bebês, mulheres e idosos – sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro.
Ele disse que havia falado com a Cruz Vermelha para exigir a libertação imediata dos reféns e que eles fossem visitados por paramédicos para garantir seu bem-estar.
Netanyahu também reiterou a advertência às milícias do sul do Líbano, especialmente ao grupo terrorista Hezbollah, para que não participem do conflito.
“Responderemos com fogo pesado a qualquer um de seus ataques contra nós”, afirmou Netanyahu, ressaltando ainda que a entrada formal do Hezbollah na guerra seria o “pior erro” desse grupo.
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