O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quarta-feira o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de apoiar o terrorismo, depois que Erdogan qualificou Israel como um “Estado terrorista” por causa de seus ataques à Faixa de Gaza.
“Devo dizer que, ao contrário de nós, há forças que apoiam o terrorismo. Uma delas é o presidente turco Erdogan. Ele chama Israel de Estado terrorista, mas na realidade ele apoia o Estado terrorista Hamas”, declarou Netanyahu, segundo um porta-voz de seu gabinete.
“Ele mesmo bombardeou vilarejos turcos, dentro das fronteiras da Turquia. Não aceitaremos sermões dele”, acrescentou.
As observações foram feitas pouco depois de Erdogan ter afirmado hoje que Israel é, segundo ele, um “Estado terrorista devido aos ataques de retaliação nos quais civis estão sendo mortos na Faixa de Gaza”, e ter dito que Netanyahu “está acabado”.
“Eu digo abertamente que Israel é um Estado terrorista. Outros dizem que o Hamas é uma organização terrorista. O Hamas participou das eleições e venceu na Palestina. Israel e Estados Unidos roubaram seus direitos depois disso”, afirmou o líder turco em discurso para o grupo parlamentar de seu partido, o islâmico AKP.
Erdogan descreveu o Hamas como “um movimento de resistência” e acusou Israel, com o apoio do Ocidente, de “continuar seus massacres nos últimos 40 dias”, desde os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro, nos quais 1.200 pessoas foram mortas no país.
“Ao visar deliberadamente hospitais e escolas, Israel está destruindo completamente uma cidade. Israel está cometendo terrorismo de Estado”, disse o líder islâmico sobre os ataques punitivos de Israel na Faixa de Gaza, nos quais mais de 11 mil pessoas já foram mortas.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, disse que “aqueles que abrigam terroristas e incentivam organizações terroristas não pregarão moralidade ao Estado de Israel”.
“O presidente turco distorce a realidade e está mais uma vez do lado errado da história, do lado dos que glorificam os massacres em Irã, Líbano, Síria e Iêmen. O Estado de Israel é um estado de direito, atua de acordo com o direito internacional e continuará sua guerra contra a organização terrorista Hamas, que é pior do que o Estado Islâmico”, acrescentou Cohen, em mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter).
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