Netanyahu promete continuar atacando o Hezbollah após a morte de 4 soldados israelenses

Por Agência de Notícias
14/10/2024 17:26 Atualizado: 14/10/2024 18:24

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (14) que seu país continuará atacando o grupo terrorista Hezbollah “impiedosamente em todo o Líbano, também em Beirute”, após um ataque ontem do grupo xiita ter matado quatro soldados israelenses e ferindo cerca de 60 pessoas na base militar de Golani, próxima à cidade de Haifa.

“Quero deixar claro: continuaremos atacando impiedosamente o Hezbollah em todo o Líbano, incluindo em Beirute”, disse Netanyahu durante uma visita à base militar no distrito de Haifa, atingida pelo drone do Hezbollah.

O mandatário também apresentou condolências às famílias dos jovens mortos, todos de 19 anos, e garantiu que Israel está conduzindo uma “dura campanha contra o eixo do mal do Irã”, referenciando os aliados iranianos do Hezbollah, as milícias sírias e iraquianas e os houthis do Iêmen.

O ataque ocorreu como parte da guerra de Israel contra o Hezbollah, com constantes bombardeios contra o sul do país vizinho, o Vale do Bekaa (leste) e a capital, Beirute. Lá, os ataques estão concentrados principalmente nos subúrbios do sul, conhecidos como Dahye e um reduto do partido miliciano, mas também ocorreram no centro.

“E o principal é o espírito. O espírito que vejo aqui; Espírito forte dos soldados, dos médicos. Guerreiros que entendem que estão lutando pela eternidade de Israel”, continuou o premiê, discursando aos militares.

Hoje, cerca de 110 projéteis cruzaram do Líbano para Israel, ativando alarmes antiaéreos nas zonas norte e centro do país, provocando ferimentos leves por estilhaços em uma mulher na zona norte de Carmel, onde um carro colidiu em chamas, segundo serviços de emergência.

Do lado libanês, mais de 2,3 mil já morreram desde o início da violência entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, há mais de um ano, paralelamente à guerra em Gaza, embora 1,5 mil deles tenham morrido desde o final de setembro, após a escalada do conflito.