O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostrou nesta segunda-feira ao multimilionário Elon Musk os horrores do massacre cometido pelo Hamas em 7 de outubro em uma comunidade israelense próxima de Gaza, onde milicianos mataram dezenas de seus residentes.
Musk, que chegou esta manhã a Israel, partiu pouco depois com Netanyahu para o kibutz Kfar Azza, uma das comunidades a poucos quilômetros da Faixa de Gaza que sofreu um dos maiores massacres no dia do ataque do Hamas, com a morte de cerca de 100 pessoas.
No local, o governante israelense mostrou a Musk os horrores cometidos, e o magnata americano também ouviu os relatos do chefe do conselho regional Shaar HaNegev, Yosi Keren, e de um porta-voz do Exército israelense, que detalhou os acontecimentos ocorridos no kibutz durante o ataque surpresa do Hamas há mais de 50 dias.
Musk também se reuniu com membros da família Itamari, incluindo uma menina de quatro anos, Abigail, cujos pais foram assassinados e que foi levada para Gaza, onde foi mantida refém até ser libertada ontem à noite como parte do acordo de troca por prisioneiros palestinos.
Após estes encontros, Netanyahu e Musk tiveram uma conversa transmitida na rede social X, propriedade do empresário, durante a qual expressou seu apoio ao primeiro-ministro israelense em sua ofensiva em Gaza para destruir o Hamas.
“Não há alternativa”, disse Musk sobre a necessidade de eliminar o grupo terrorista islâmico, ao mesmo tempo em que destacou a importância de “ajudar aqueles que permanecem” dentro da Faixa quando a guerra terminar.
Questionado por Netanyahu sobre uma potencial contribuição para a reconstrução da Faixa, Musk indicou que “gostaria de ajudar” e ressaltou que é essencial criar uma “Gaza próspera” depois da guerra.
O ataque dos terroristas palestinos em 7 de outubro causou mais de 1.200 mortes em Israel e desencadeou a guerra com o Hamas em Gaza, que deixou mais de 14.800 palestinos mortos, a maioria deles mulheres e crianças.
Durante sua estadia em Israel, Musk também se reunirá hoje com o presidente Isaac Herzog, em um encontro ao qual se juntarão “representantes das famílias” dos reféns israelenses ainda nas mãos das milícias palestinas em Gaza.
Os familiares dos reféns também manifestarão a Musk “a dor e a incerteza” para as pessoas que seguem mantidas em cativeiro em Gaza, após a libertação de 39 mulheres e crianças israelenses nos três dias anteriores, enquanto hoje se espera que mais 11 sejam libertadas.
Tudo isto faz parte de um acordo entre Israel e Hamas pelo qual durante quatro dias um total de 50 reféns israelenses serão libertados em troca de 150 prisioneiros palestinos, todos mulheres e crianças de ambos os lados.
Este acordo, que começou a entrar em vigor na sexta-feira passada e inicialmente termina amanhã, inclui também um cessar-fogo temporário que travou os ataques a Gaza.
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