O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira (18), em um novo vídeo gravado após a confirmação da morte de Yahya Sinwar, líder do grupo terrorista palestino Hamas e mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023 ao país, que a guerra em Gaza não acabou, mas está no “começo do fim”.
Depois de divulgar um vídeo de quatro minutos em hebraico, no qual confirmou a morte do líder do grupo terrorista e anunciou que era “o começo do dia depois do Hamas”, Netanyahu gravou um novo vídeo, em inglês, no qual garantiu que “embora não seja o fim da guerra em Gaza, é o começo do fim”.
“Yayha Sinwar está morto. Ele foi morto em Rafah pelos soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI)”, enfatizou o premiê, que enviou uma mensagem aos habitantes de Gaza.
“Essa guerra pode terminar amanhã se o Hamas entregar suas armas e devolver nossos reféns”, disse.
Até o momento, o Hamas tem, segundo Netanyahu, 101 reféns de 23 países em Gaza, e Israel “fará todo o possível para levá-los de volta para casa”.
O primeiro-ministro também lembrou que o líder do grupo terrorista libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e seu sucessor, Hashem Sadi al-Din, também foram mortos, assim como o ex-chefe do Hamas, Ismail Haniyeh e o líder das Brigadas al Qassam, Mohamed Deif, entre outros.
“O reinado de terror que o regime iraniano impôs em seu território e em Iraque, Síria, Líbano e Iêmen também chegará ao fim”, anunciou Netanyahu.
Em sua mensagem anterior, o primeiro-ministro israelense reiterou a suposta importância da guerra de mais de um ano de Israel em Gaza e enviou uma mensagem à população local.
“Gostaria de dizer novamente, da maneira mais clara possível: o Hamas não governará mais Gaza. Este é o começo do dia após o Hamas, e essa é uma oportunidade para vocês, os moradores de Gaza, finalmente se libertarem de sua tirania”, afirmou.
Nascido em 1962 no campo de refugiados de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, Sinwar foi eleito líder do Hamas no enclave em 2017, depois de construir uma reputação de inimigo ferrenho de Israel e implacável com informantes, e desde 6 de novembro era o principal líder do grupo, ao qual se juntou aos 19 anos.
Em 1989, ele foi condenado a quatro sentenças de prisão perpétua em Israel por planejar o sequestro e o assassinato de dois soldados israelenses e quatro “colaboradores” palestinos, mas foi libertado em 2011 como parte da troca de 1.047 prisioneiros palestinos pelo retorno do soldado israelense Gilad Shalit.
As FDI e o Shin Bet, a agência de segurança interna israelense, informaram que o líder do Hamas foi morto na quarta-feira em uma operação militar na região de Rafah, no sul do enclave e perto da fronteira com o Egito, depois que informações de inteligência apontaram a localização de “membros de alto escalão do Hamas” na área.