Netanyahu diz que Israel está pronto para “qualquer cenário” de guerra

Por Agência de Notícias
31/07/2024 19:20 Atualizado: 31/07/2024 19:20

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (31) que as forças militares do país estão prontas para enfrentar “qualquer cenário”, em meio à crescente tensão com os grupos pró-iranianos no Oriente Médio.

“Estamos prontos para qualquer cenário, estamos unidos e determinados a enfrentar qualquer ameaça. Israel cobrará um preço alto por qualquer agressão vinda de qualquer ponto”, declarou o premiê israelense em mensagem na TV, após uma reunião com o gabinete de segurança que durou quase três horas.

Israel está atento a uma possível retaliação militar em seu território após a ação de terça-feira em Beirute que matou Fouad Shukr, chefe militar do grupo terrorista Hezbollah, e o ataque em Teerã ─ que o Irã atribuiu às forças israelenses ─ que matou Ismail Haniyeh, líder político do grupo terrorista palestino Hamas.

Netanyahu parabenizou o ataque que as forças de Israel realizaram no Líbano contra o comandante do Hezbollah, mas não fez nenhuma referência ao ataque que matou Haniyeh.

Em vez disso, ele mencionou o ataque de 13 de julho na Faixa de Gaza contra o chefe militar do Hamas, Mohamed Deif, e o ataque ao porto de Hodeida, no Iêmen, em retaliação à ação com mísseis balísticos realizado há duas semanas pelos rebeldes houthis, que deixou um morto em Tel Aviv.

Israel afirma estar travando uma “guerra existencial” em sete frentes, todas com aliados iranianos: na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, com o Hamas e a Jihad Islâmica; no Líbano, com o Hezbollah; no Iêmen, com os houthis; no Iraque, com a Resistência Islâmica; na Síria, com milícias pró-iranianas; e o próprio Irã.

Netanyahu advertiu nesta quarta-feira que a guerra em Gaza continuará e que ele não cederá às pressões para encerrá-la antes de cumprir os objetivos de desmantelar o Hamas e resgatar os reféns em poder do grupo.

“Todas as conquistas dos últimos meses foram alcançadas porque não desistimos (…) e porque tomamos decisões corajosas diante da grande pressão interna e externa. Não foi fácil”, enfatizou.