Netanyahu diz que aceitaria trégua de 48 horas em Gaza para libertar 4 reféns

Por Agência de Notícias
29/10/2024 00:25 Atualizado: 29/10/2024 00:25

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na noite desta segunda-feira (28) que estaria disposto a aceitar uma trégua de dois dias na Faixa de Gaza em troca da libertação de quatro reféns, caso recebesse tal proposta de mediadores.

Em comunicado de seu gabinete, Netanyahu disse que diria sim “imediatamente” a essa oferta, mas negou que a delegação israelense a tenha recebido, colocando em questão o progresso feito nos últimos dias na atual rodada de negociações.

A principal proposta sobre a mesa foi anunciada no domingo pelo presidente do Egito, Abdelfatah Al Sisi, na qual ele propôs um cessar-fogo de 48 horas para libertar quatro reféns israelenses e “reconstruir a confiança entre os mediadores e Israel”.

A fonte também informou que, dez dias após a implementação dessa trégua temporária, um cessar-fogo definitivo para a guerra em Gaza, seria negociado em conversas na capital do Egito.

O chefe do Mossad, David Barnea, retornou nesta segunda-feira a Israel, procedente de Doha, no Catar, onde se reuniu com o chefe da CIA, William Burns, e com o primeiro-ministro do país árabe, Mohammed bin Abderrahman, que está atuando como interlocutor do grupo terrorista, já que o Hamas não está diretamente envolvido nas negociações.

“O chefe do Mossad está tomando medidas para tentar conectar as duas arenas (Gaza e Líbano) e se beneficiar das conquistas estratégicas no confronto com o Hezbollah”, disseram à Agência EFE fontes próximas às negociações, sob condição de anonimato.

Elas acrescentaram que Israel está considerando chegar a “um acordo político” na fronteira norte de Israel – presumivelmente relacionado à resolução 1701 que encerrou a guerra de 2006 no Líbano – “além de um pacto” para libertar reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.