Autoridades do Nepal aumentaram para 68 o número de mortes confirmadas após um avião ter caído com 72 pessoas a bordo neste domingo, um dos acidentes aéreos mais mortíferos do país.
“Recuperamos 68 corpos do local do acidente. A busca dos quatro restantes continua”, relatou à Agência EFE o porta-voz Prem Nath Thakur, do Aeroporto Internacional Tribhuvan de Katmandu, que faz parte da operação de salvamento.
O avião acidentado, um ATR-72, caiu 20 minutos após decolar de Katmandu, por volta das 10h30 (hora local; 1h45 em Brasília), a caminho do aeroporto no distrito turístico de Pokhara, cerca de 200 quilômetros a oeste da capital nepalesa.
Com tempo estimado de rota inferior a meia hora, o incidente ocorreu quando o avião tentava aterrissar no destino, comentou Sudarshan Bartaula, porta-voz da Yeti Airlines.
Segundo a Autoridade da Aviação Civil do Nepal, entre os passageiros havia 53 nepaleses, cinco indianos, quatro russos, um irlandês, um australiano, um argentino, dois coreanos e um francês. Quatro tripulantes estavam a bordo.
Vídeos divulgados pela imprensa, atribuídos ao acidente deste domingo, mostram colunas de fumaça a partir da área onde ocorreu o acidente, e os destroços do avião em chamas.
O governo nepalês convocou uma reunião de emergência após o acidente e criou uma comissão de investigação com cinco membros, sob a liderança da autoridade da aviação civil. O Nepal também declarou um dia de luto nacional para as vítimas.
Este é o segundo acidente de avião no país em menos de um ano, depois de uma aeronave da Tara Air ter caído na cidade de Jomsom em 29 de maio, matando todos os 22 passageiros a bordo.
O Nepal, com frequentes acidentes aéreos, tem sido alvo de repetidas sanções internacionais por falta de controle.
Desde novembro de 1960, quando foi registrado o primeiro desastre aéreo do país, mais de 900 pessoas morreram em tais acidentes, de acordo com estatísticas da agência de aviação civil do Nepal.
A União Europeia proíbe as companhias aéreas nepalesas em seu território desde 2013.
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