“Nenhum governo democrático do mundo reconheceu a fraude de Maduro”, afirma María Corina Machado

Por Agência de Notícias
28/08/2024 17:57 Atualizado: 28/08/2024 17:57

A líder opositora venezuelana María Corina Machado disse nesta quarta-feira (28) que “nenhum governo democrático do mundo reconheceu” a fraudulenta reeleição de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.

“Nenhum governo democrático do mundo reconheceu a fraude de Maduro. A Venezuela votou pela mudança e (o representante do maior bloco de oposição, a Plataforma Unitária Democrática, PUD) Edmundo González Urrutia é o nosso presidente eleito”, declarou a ex-deputada a centenas de apoiadores que se reuniram em Caracas.

Sob o lema “Ata mata sentença”, a oposição se reuniu para defender as atas de votação publicadas pela PUD – segundo as quais González Urrutia ganhou a presidência por uma ampla margem – contra a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) controlado por juízes chavistas e outros órgãos do regime, que validaram a vitória de Maduro.

“Eles acreditavam que, com essa decisão, que nem sequer pode ser chamada de sentença, enganariam alguns países ou dariam desculpas para que, com essa vagabundagem, alguém reconhecesse a fraude do CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Ninguém aceitou essa armadilha”, continuou a ex-deputada, que chamou de “aberração” o apoio dado pelo TSJ ao líder chavista.

“Colocaram o TSJ como um braço de repressão e perseguição política”, ressaltou.

“Vamos fazer com que ele (o governo, que defende a vitória de Maduro) ceda, e ceder significa respeitar a vontade expressa pelo povo em 28 de julho”, observou.

Diversos países e organizações internacionais se recusaram a reconhecer a vitória fraudulenta de Maduro e exigiram que o CNE publique os resultados desagregados, conforme estabelecido no cronograma eleitoral, enquanto alguns governos já reconhecem González Urrutia como o vencedor das eleições.

Enquanto isso, o chavismo afirma que mais de 60 nações “aclamaram a vitória de Maduro”, incluindo China, Irã e Rússia, além de Cuba e Nicarágua.