As negociações para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza avançam positivamente e estão próximas de um princípio de acordo, embora as partes ainda não tenham fechado nenhum acordo definitivo, segundo informaram neste sábado à Agência EFE fontes familiarizadas com as conversas que acontecem no Cairo.
Uma fonte palestina disse à EFE, sob condição de anonimato, que “há um grande progresso nas negociações entre o movimento palestino Hamas e Israel”, e detalhou que a delegação egípcia no processo de negociação “chegou a uma formulação acordada sobre os pontos de discrepância”.
Nesse sentido, detalhou que o acordo discutido atualmente inclui uma primeira fase de 40 dias de trégua em que serão libertados 33 reféns do total de cerca de 128 detidos pelo Hamas, enquanto o Exército israelense se retirará das áreas em que está presente na Faixa de Gaza.
Segundo esta mesma fonte, a segunda fase continuará por mais um período de 42 dias durante os quais todos os demais reféns serão libertados e se instalará um processo de “calma permanente em Gaza”, enquanto a terceira e última fase incluirá a troca de corpos e também durará 42 dias.
A fonte também observou que Yahya Sinwar, atual líder do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza “quer um compromisso americano por escrito para o fim incondicional dos combates” e também solicita que Israel não impeça os palestinos libertados em troca dos reféns de retornarem ao território ocupado da Cisjordânia.
Segundo um dirigente do Hamas citado pela emissora catariana Al Jazeera, o fato de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu insistir que Israel entrará na cidade de Rafah independentemente de um possível acordo é um “elemento-chave” que também está sendo discutido hoje nas conversas.