Por Agência EFE
O navio australiano Greg Mortimer, que foi afetado pelo vírus PCC, conhecido como novo coronavírus, deixou a costa uruguaia neste sábado depois de ficar preso por quase dois meses e partiu com uma tripulação de 24 pessoas para Las Palmas, na Espanha, que Era o destino original deste cruzeiro.
“É um momento muito emocionante, porque de alguma forma todos os uruguaios abraçam, abrigam, cuidam, todas essas pessoas e muitos uruguaios trabalharam para que pudéssemos lhes dar a atenção que merecem”, disse o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Ernesto Talvi, à imprensa: foi ao porto de Montevidéu para se despedir do cruzeiro.
Além disso, o ministro destacou a tarefa realizada pelos médicos de seu país, que permitiu manter a boa saúde tanto da tripulação deste cruzeiro quanto dos turistas que lá estavam.
Talvi teve uma conversa com o capitão do navio, o sueco Sten Joachim Saterskog, no qual reconheceu o quão empolgado e agradecido estava com o Uruguai e o quanto sentia falta de seus filhos, pois não os via há cinco meses.
A decisão de permitir a saída de Greg Mortimer ocorreu depois que o navio foi desinfetado e toda a sua tripulação testou negativo para a COVID-19.
Em 12 de maio, 63 tripulantes já haviam sido evacuados (alguns positivos e outros negativos) e, até o momento, estão hospedados em dois hotéis em Montevidéu, dependendo do seu estado de saúde, esperando para sair para suas casas.
“Vamos tentar iniciar esforços para que essas pessoas possam receber tratamento humanitário pelo tempo em que estiveram nessa situação”, disse Talvi.
O navio de cruzeiro deixou Ushuaia (Argentina) em 15 de março e chegou a Montevidéu quando um de seus ocupantes, o primeiro a ser evacuado, em 31 de março, teve problemas físicos e nenhuma outra autoridade próxima permitiu que ele desembarcasse em suas costas.
A partir desse momento, o navio foi ancorado em uma “área de serviço”, a cerca de 20 quilômetros de Montevidéu, onde os ocupantes que permaneceram a bordo e receberam serviços de saúde e suprimentos.
Em 17 de abril, um membro da tripulação filipina de 48 anos morreu em Montevidéu após ser internado em um centro médico por problemas respiratórios.
Segundo os últimos números oficiais, divulgados nesta sexta-feira, o Uruguai registra 753 casos positivos, dos quais 20 morreram.
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