Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) anunciou que uma operação policial maciça, abrangendo 31 países da África, Europa e América do Sul, resultou na prisão de mais de 200 suspeitos, na apreensão de 678 toneladas de drogas e produtos químicos precursores, e na captura de um “narco-submarino” semi-submersível.
A Interpol informou em 30 de julho que a operação global de dois meses, chamada “Lionfish Hurricane” e coordenada pela organização, levou a 206 prisões e à apreensão de 62 toneladas de cocaína e 57 toneladas de outras drogas, incluindo maconha, cetamina e tramadol.
Na Guiana, a operação resultou na descoberta de um “narco-submarino” semi-submersível, capaz de transportar 3 toneladas de cocaína. Segundo a Interpol, esses tipos de embarcações são rotineiramente usados por traficantes internacionais para transportar grandes quantidades de cocaína pelos rios da América do Sul e, em seguida, pelo Atlântico até a Europa Ocidental.
A Interpol destacou que o valor das drogas e dos produtos químicos precursores apreendidos é de cerca de 1,6 bilhão de dólares.
“O valor das drogas apreendidas nesta operação de dois meses é superior ao PIB de alguns países, o que mostra claramente a escala do problema que as forças de segurança enfrentam,” afirmou o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, em comunicado.
No Brasil, autoridades coordenadas pela Interpol prenderam 17 membros de uma quadrilha que transportava drogas para a França. Um dos indivíduos detidos havia ingerido 120 pacotes de cocaína.
Em Gana, a operação Lionfish Hurricane levou à apreensão de mais de 18 quilos de maconha destinados ao Reino Unido, além do desmantelamento de um grupo de tráfico no país africano, onde a quadrilha utilizava remessas postais para enviar drogas ao exterior.
Além das drogas, a operação resultou na apreensão recorde de 557 toneladas de produtos químicos precursores, usados tanto na fabricação de drogas quanto de explosivos.
Na Colômbia, agentes envolvidos na Operação Lionfish Hurricane apreenderam 2,3 toneladas de ácido clorídrico e uma fábrica na selva que produzia ácido sulfúrico, ambos usados na fabricação de cocaína.
A Interpol afirmou que o tamanho sem precedentes da apreensão de precursores destaca o crescimento “significativo” dos grupos de crime organizado transnacional, bem como sua capacidade de fabricar armas.
Entre os itens confiscados estavam 30.000 detonadores de nível comercial apreendidos na África do Sul, juntamente com 280 armas de fogo e granadas. A Interpol disse que os detonadores haviam sido desviados de usos comerciais de mineração ou militares.
“As redes de crime organizado continuam a expandir seu alcance e as consequências devastadoras de suas atividades,” disse Stock. “Devemos unir nossos esforços para combater essa ameaça à segurança nacional que afeta todos os países.”
A Operação Lionfish Hurricane foi liderada pelo Ministério do Interior do Reino Unido. Desde 2013, várias operações “Lionfish” resultaram em apreensões no valor de mais de 3,6 bilhões de dólares e na prisão de mais de 5.600 suspeitos.