Por Anastasia Gubin, Epoch Times
A proposta do presidente Donald Trump de construir um muro ao longo da fronteira sul com o México se amortizará sozinha, reduzindo assim os milionários custos de bem-estar público que hoje paga o Estado para os abrigos de imigrantes ilegais, de acordo com vários estudos recentes sobre a imigração citados pelo New York Post.
Se o muro fronteiriço de 18 bilhões de dólares proposto por Trump limitar as travessias ilegais de fronteiras em apenas 12% durante a próxima década, a estrutura seria amortizada com a economia dos impostos provenientes dos custos com bem-estar, educação, e os reembolsos das taxas concedidas aos imigrantes ilegais do México e da América central, conforme mostra o relatório do Centro de Estudos de imigração.
“O muro poderia pagar a si mesmo, mesmo que ele reduza só um pouco o número de travessias ilegais e o contrabando de drogas”, disse Steven A. Camarota, diretor de pesquisa no Centro de Estudos de Imigração, ao New York Post.
A eficácia de uma barreira física na fronteira sul já é apoiada por dados federais. Uma cerca de dois andares em El Paso, no Texas, já impediu travessias ilegais em 89% no período de cinco anos em que foi construída.
O muro mais alto, mais forte e mais extenso proposto por Trump não teria nem mesmo que ser tão eficiente a ponto de pagar a si mesmo. Se a barreira impedir somente 50% de cruzamentos ilegais, pouparia aos contribuintes norte-americanos 64 bilhões de dólares, mais de quatro vezes o custo do muro.
“Quando nos concentramos no que o muro poderá fazer, com relação a permitirmos apreender a grande maioria das pessoas que estão atravessando a fronteira, então a carga tributária do contribuinte será reduzida, e em seguida irá diretamente para o financiamento do muro”, disse Brandon Judd, presidente do Conselho Nacional da Patrulha de Fronteira, à Fox News. “É uma maneira brilhante de fazer isso, e é a estratégia de negócios que o presidente Trump dá ao povo americano.”
Estima-se que 1,7 milhão de imigrantes ilegais irão cruzar a fronteira dos Estados Unidos na próxima década se um muro não for construído, informou o Departamento de Segurança Nacional.
Em média, 75% das travessias ilegais são feitas por estrangeiros provenientes do México e América Central, uma população que é na maioria pobre, sem escolaridade, e sem nenhum conhecimento do inglês, de acordo com Camarota.
Como resultado, esses imigrantes ilegais arrumam empregos de baixo salário e não pagam impostos. Se eles tiverem filhos nascidos nos Estados Unidos, a família receberá assistência e serviços governamentais, incluindo vale-alimentação, convênio médico e educação pública.
“Grande parte dos fundos de bem-estar utilizados pelas famílias imigrantes são recebidos proporcionalmente aos seus filhos nascidos nos Estados Unidos”, disse Camarota. “Isto é especialmente verdadeiro em lares chefiados por imigrantes ilegais.”
Em média, um estrangeiro ilegal custa aos contribuintes norte-americanos 72 mil dólares ao longo de sua vida, e mais de 94 mil dólares se a pessoa tiver filhos nascidos nos Estados Unidos.
“Não existe nenhuma dúvida de que os lares encabeçados por imigrantes ilegais acessam uma boa quantidade de bem-estar. Na verdade, o uso de alguns programas por imigrantes ilegais é bastante elevado”, disse Camarota.
Cerca de 62% dessas famílias já recebem benefícios federais, mais do que o dobro da média recebida por cidadãos legais, de acordo com o Departamento do Censo dos Estados Unidos.