Muro de Trump na fronteira com México se pagaria sozinho, segundo estudos

Um estrangeiro ilegal custa aos contribuintes norte-americanos 72 mil dólares ao longo de sua vida

12/03/2018 23:02 Atualizado: 12/03/2018 23:02

Por Anastasia Gubin, Epoch Times

A proposta do presidente Donald Trump de construir um muro ao longo da fronteira sul com o México se amortizará sozinha, reduzindo assim os milionários custos de bem-estar público que hoje paga o Estado para os abrigos de imigrantes ilegais, de acordo com vários estudos recentes sobre a imigração citados pelo New York Post.

Se o muro fronteiriço de 18 bilhões de dólares proposto por Trump limitar as travessias ilegais de fronteiras em apenas 12% durante a próxima década, a estrutura seria amortizada com a economia dos impostos provenientes dos custos com bem-estar, educação, e os reembolsos das taxas concedidas aos imigrantes ilegais do México e da América central, conforme mostra o relatório do Centro de Estudos de imigração.

“O muro poderia pagar a si mesmo, mesmo que ele reduza só um pouco o número de travessias ilegais e o contrabando de drogas”, disse Steven A. Camarota, diretor de pesquisa no Centro de Estudos de Imigração, ao New York Post.

A eficácia de uma barreira física na fronteira sul já é apoiada por dados federais. Uma cerca de dois andares em El Paso, no Texas, já impediu travessias ilegais em 89% no período de cinco anos em que foi construída.

O muro mais alto, mais forte e mais extenso proposto por Trump não teria nem mesmo que ser tão eficiente a ponto de pagar a si mesmo. Se a barreira impedir somente 50% de cruzamentos ilegais, pouparia aos contribuintes norte-americanos 64 bilhões de dólares, mais de quatro vezes o custo do muro.

Esta combinação de imagens mostra os oito protótipos do muro de fronteira entre Estados Unidos e México proposto pelo presidente Donald Trump, que está sendo construído perto de San Diego, visto do outro lado da fronteira em Tijuana, no México, em 22 de outubro de 2017 (Guillermo Arias/AFP/Getty Images)
Esta combinação de imagens mostra os oito protótipos do muro de fronteira entre Estados Unidos e México proposto pelo presidente Donald Trump, que está sendo construído perto de San Diego, visto do outro lado da fronteira em Tijuana, no México, em 22 de outubro de 2017 (Guillermo Arias/AFP/Getty Images)

“Quando nos concentramos no que o muro poderá fazer, com relação a permitirmos apreender a grande maioria das pessoas que estão atravessando a fronteira, então a carga tributária do contribuinte será reduzida, e em seguida irá diretamente para o financiamento do muro”, disse Brandon Judd, presidente do Conselho Nacional da Patrulha de Fronteira, à Fox News. “É uma maneira brilhante de fazer isso, e é a estratégia de negócios que o presidente Trump dá ao povo americano.”

Estima-se que 1,7 milhão de imigrantes ilegais irão cruzar a fronteira dos Estados Unidos na próxima década se um muro não for construído, informou o Departamento de Segurança Nacional.

Em média, 75% das travessias ilegais são feitas por estrangeiros provenientes do México e América Central, uma população que é na maioria pobre, sem escolaridade, e sem nenhum conhecimento do inglês, de acordo com Camarota.

Como resultado, esses imigrantes ilegais arrumam empregos de baixo salário e não pagam impostos. Se eles tiverem filhos nascidos nos Estados Unidos, a família receberá assistência e serviços governamentais, incluindo vale-alimentação, convênio médico e educação pública.

Operários trabalham em um protótipo de muro fronteiriço que pode vir a ser construído ao longo da fronteira entre EUA e México, em 28 de setembro de 2017 (Omar Martinez/AFP/Getty Images)
Operários trabalham em um protótipo de muro fronteiriço que pode vir a ser construído ao longo da fronteira entre EUA e México, em 28 de setembro de 2017 (Omar Martinez/AFP/Getty Images)

“Grande parte dos fundos de bem-estar utilizados pelas famílias imigrantes são recebidos proporcionalmente aos seus filhos nascidos nos Estados Unidos”, disse Camarota. “Isto é especialmente verdadeiro em lares chefiados por imigrantes ilegais.”

Em média, um estrangeiro ilegal custa aos contribuintes norte-americanos 72 mil dólares ao longo de sua vida, e mais de 94 mil dólares se a pessoa tiver filhos nascidos nos Estados Unidos.

“Não existe nenhuma dúvida de que os lares encabeçados por imigrantes ilegais acessam uma boa quantidade de bem-estar. Na verdade, o uso de alguns programas por imigrantes ilegais é bastante elevado”, disse Camarota.

Cerca de 62% dessas famílias já recebem benefícios federais, mais do que o dobro da média recebida por cidadãos legais, de acordo com o Departamento do Censo dos Estados Unidos.