Mundo atinge marca de 8 bilhões de habitantes, diz ONU

Por Agência de Notícias
15/11/2022 10:42 Atualizado: 15/11/2022 10:42

O mundo chegou a 8 bilhões de habitantes nesta terça-feira, de acordo com estimativas da ONU, que também apontou que o número é o resultado do rápido crescimento populacional no último século, principalmente devido ao aumento da expectativa de vida.

A população mundial levou até o ano 1800 para chegar a 1 bilhão de habitantes e há 100 anos ainda não havia atingido 2 bilhões.

O mundo levou apenas 12 anos para crescer de 7 bilhões para 8 bilhões, mas o crescimento populacional vem diminuindo acentuadamente há décadas: a taxa de crescimento anual atingiu um pico de 2,2% em 1964 e caiu constantemente para menos de 1%.

Segundo as estimativas da ONU, serão necessários pelo menos 15 anos para que o mundo alcance o próximo bilhão de pessoas.

A ONU espera que o mundo tenha cerca de 9,7 bilhões de pessoas até 2050 e que alcance 10,4 bilhões até 2080, e então permaneça nesse nível até pelo menos 2100.

Atualmente, o crescimento populacional está concentrado em poucos países, com mais da metade do aumento populacional previsto até 2050 ocorrendo em apenas oito: República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia.

Enquanto isso, entre 2022 e 2050, espera-se que a população de 61 países ou áreas diminua em pelo menos 1% devido às baixas taxas de natalidade e, em alguns casos, à alta emigração.

Para a ONU, o marco de 8 bilhões é um momento para celebrar, refletindo um mundo com expectativas de vida mais longas, menos mortes maternas e infantis e sistemas de saúde cada vez mais eficazes.

“Eu sei que este momento pode não ser celebrado por todos. Alguns expressam a preocupação de que nosso mundo está superpovoado, com muitas pessoas, e não dispõe de recursos suficientes para sustentar suas vidas. Estou aqui para dizer claramente que o número absoluto de vidas humanas não é motivo de medo”, explicou Natalia Kanem, diretora executiva do Fundo de População da ONU (UNFPA), em reunião com jornalistas, no mês passado.

A ONU reiterou que não há razão para “alarmismo” demográfico e lembra que a melhor maneira de retardar o crescimento populacional é incentivar o desenvolvimento, especialmente para as mulheres.

Os dados mostram que nos países mais avançados as taxas de fertilidade tendem a cair e, por exemplo, 60% da população mundial vive agora em lugares onde as taxas de fertilidade estão abaixo do nível de reposição, enquanto que são os países menos desenvolvidos que continuam a ver o crescimento da população meteórica.

A China é atualmente o país mais populoso do mundo, mas espera-se que seja ultrapassada pela Índia até 2023, como várias projeções vêm apontando há anos.

 

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