O Ministério Público do Peru pediu 18 meses de prisão preventiva para o presidente deposto Pedro Castillo, segundo apurou a Agência Efe junto a uma fonte ligada às investigações sobre supostos crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado do agora ex-presidente.
O requerimento foi apresentado pelo promotor supremo Uriel Teran, encarregado do despacho da Segunda Procuradoria Suprema Transitória Especializada em Crimes cometidos por Funcionários Públicos, conforme indicou a fonte.
No pedido foi incluído o ex-primeiro-ministro e assessor jurídico de Castillo, Aníbal Torres. O texto foi apresentado logo depois que o Poder Judiciário autorizou o pedido do Ministério Público para iniciar investigação preparatória contra Castillo.
A solicitação de prisão preventiva abre a possibilidade de que seja prolongada a detenção preliminar cumprida atualmente pelo presidente deposto, que deveria ser concluída até o início da tarde de hoje.
Caberá à justiça, agora, avaliar o pedido feito pelo Ministério Público. Segundo a emissora local de televisão “RPP”, o juiz do Supremo peruano, Juan Carlos Checkley, analisará a solicitação a partir de 9h30 locais (11h30 de Brassília).
Ontem, outro magistrado, César San Martín, rejeitou recurso da defesa de Castillo contra a prisão preliminar, em audiência que contou a presença do agora ex-presidente, que afirmou não ter cometido “nenhum crime de conspiração, nem de insurreição”.
Juiz ordena mais 48 horas de prisão para ex-presidente do Peru
O juiz Juan Carlos Checkley, do Tribunal Supremo de Investigação Preparatória, ordenou nesta quarta-feira que o ex-presidente do Peru seja mantido em prisão provisória por mais 48 horas.
Durante este período, será realizada uma audiência para rever o pedido de 18 meses de prisão preventiva apresentado pelo Ministério Público.
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