O Ministério Público (MP) do regime de Maduro anunciou nesta quinta-feira (29) que intimou pela terceira vez o candidato presidencial da principal coalizão opositora, Edmundo González Urrutia, como parte de uma investigação contra ele relacionada à alegação de fraude eleitoral e ameaçou emitir um mandado de prisão.
O MP fez o anúncio em uma publicação no Instagram, na qual divulgou o documento de convocação.
O órgão advertiu que, se ele não comparecer novamente na data indicada, será “emitido um mandado de prisão”, considerando que ele está “em presença de perigo de fuga”.
O maior bloco de oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), divulgou as atas, que o regime classificou como “falsas”, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou o ditador Nicolás Maduro como vencedor das eleições, numa manobra fraudulenta e sem qualquer sustentação jurídica ou material, levando ao questionamento de vários países.
Por este motivo, o MP convocou o candidato da PUD – a primeira vez para segunda-feira e, quando ele não compareceu, convocou-o para terça-feira, quando também não apareceu – por “suposta prática dos crimes de usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, instigação à desobediência às leis, crimes de informática, associação para cometer crimes e conspiração”.
Na quarta-feira, o procurador-geral, Tarek William Saab, explicou que a jurisprudência venezuelana permite que uma pessoa seja intimada até três vezes.