MP da Colômbia apresentará novas acusações contra filho de Petro

Por Agência de Notícias
30/01/2024 23:42 Atualizado: 30/01/2024 23:42

O Ministério Público da Colômbia anunciou que apresentará novas acusações contra Nicolás Petro Burgos, filho mais velho do presidente Gustavo Petro, que já está sendo julgado por enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro em um caso de possível ingresso irregular de dinheiro na campanha presidencial de 2022.

Isto foi confirmado pelo promotor Mario Burgos em audiência realizada em Barranquilla, capital do departamento de Atlántico, para legalizar perante o juiz a disposição de colaborar com a Justiça da ex-esposa de Petro Burgos, Daysuris Vásquez, que revelou todo o caso.

“O Ministério Público está pronto para acusar (de novos crimes) e solicitar medidas de segurança”, disse Burgos durante a audiência, enquanto vários meios de comunicação garantiram que o MP poderia adicionar o filho de Petro, ex-deputado da Assembleia do Atlântico, no norte do país, a acusação de falsificação de documentos.

Petro Burgos é investigado desde março de 2023 devido a denúncias de Vásquez – que chegou a um acordo de colaboração com o MP – de que recebeu dinheiro de empresários duvidosos e notáveis traficantes de drogas para a campanha presidencial de seu pai em 2022.

Após ser preso em julho do ano passado, o filho do presidente reconheceu, segundo a acusação, que recebeu dinheiro para a campanha do ex-traficante de drogas Samuel Santander Lopesierra e Gabriel Hilsaca Acosta, filho do polêmico empresário Alfonso ‘Turco’ Hilsaca.

A acusação garante que Petro Burgos “ocultou e encobriu” quantias de até 500 milhões de pesos (cerca de US$ 126,7 mil) em dinheiro doado por políticos como Máximo Noriega, acusado de ser o intermediário entre supostos traficantes de drogas e o filho do mandatário.

Parte desse dinheiro supostamente foi para a campanha presidencial de seu pai em 2022, embora Petro Burgos tenha garantido em entrevista à revista “Semana” que o presidente não sabia.

Petro Burgos, que tem medidas de segurança não privativas de liberdade, já foi formalmente acusado em tribunal dos crimes de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro e deverá responder em um julgamento que terá início nos próximos meses.