Autoridades da capital da Rússia, Moscou, proibiram um protesto de esposas de militares enviados para lutar na guerra da Ucrânia e que exigem o retorno deles para casa após mais de um ano de serviço.
Como em atos anteriores contrários ao Kremlin, a prefeitura de Moscou argumentou que, desde a pandemia de COVID, em 2020, nenhum evento público pode ser realizado no país, informou nesta sexta-feira (17) o canal na plataforma Telegram “Caminho para Casa”.
Além disso, Kiril Malishkin, vice-chefe do departamento de segurança da capital russa, advertiu os solicitantes para não saírem às ruas sem autorização oficial.
As esposas dos militares pediram o dia 25 de novembro como data para seu protesto na Praça do Teatro, nas proximidades do Kremlin e da Duma (Câmara dos Deputados). As organizadoras planejavam reunir até 300 pessoas.
Apesar das teóricas restrições devido ao coronavírus, as autoridades de Moscou nunca se opuseram aos pedidos de organização de comícios ou concertos pró-Kremlin.
O líder russo, Vladimir Putin, decretou em setembro de 2022 a mobilização parcial de 300 mil reservistas, desencadeando um êxodo em massa de centenas de milhares de homens em idade militar.
Diante da impopularidade da medida, o Kremlin optou por oferecer contratos profissionais lucrativos, uma proposta que já foi aceita por mais de 400 mil homens, incluindo migrantes, aos quais Moscou promete cidadania em troca de seis meses de serviço na frente de batalha.
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