Moradores dos subúrbios ao sul de Beirute, principal reduto do grupo terrorista libanês Hezbollah, e de outras zonas da capital libanesa, de maioria muçulmana xiita, comemoraram o lançamento de mísseis do Irã contra Israel nesta terça-feira disparando tiros de metralhadora para o ar.
A “Agência Nacional de Notícias do Líbano” (ANN) reportou que os tiros foram ouvidos na periferia sul da capital, em Dahieh, uma região sob intenso ataque israelense há dias, assim como na zona adjacente de Tariq al Jadidah, onde os moradores expressaram sua “alegria com o lançamento de mísseis do Irã contra Israel”.
Como pôde constatar a Agência EFE, os sons de armas médias também foram ouvidos vindos da direção do bairro de Nabaa, de maioria xiita, uma das zonas que viu crescer o falecido líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morto por Israel em um bombardeio sem precedentes no subúrbio ao sul de Beirute na última sexta-feira.
As comemorações começaram depois que a Guarda Revolucionária do Irã confirmou o lançamento de dezenas de mísseis contra o território israelense em resposta aos assassinatos de Nasrallah e do líder político do grupo terrorista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, morto em um ataque atribuído a Israel no Irã.
“Advertimos que se o regime sionista responder militarmente a essa operação, ele será contra-atacado com mais força”, acrescentou a Guarda Revolucionária Iraniana.
Assim como Jordânia e Iraque, o Líbano anunciou que seu espaço aéreo permanecerá fechado “por duas horas”, disse na rede social X (ex-Twitter) o ministro de Obras Públicas e Transporte libanês, Ali Hamieh, além de destacar que reavaliaria a medida dependendo da “evolução” da situação na região.
O Irã prometeu repetidamente vingança contra Israel pela morte do líder do Hezbollah, Ismail Haniyeh, mas manteve um silêncio relativo sobre Nasrallah, um dos aliados mais próximos do país.
Esse é o primeiro ataque do Irã contra Israel desde abril, quando lançou mísseis e drones contra duas bases aéreas israelenses em resposta à morte de sete guardas revolucionários no consulado iraniano em Damasco.