Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Um memorial muito aguardado em homenagem às vítimas dos regimes comunistas será inaugurado em 12 de dezembro na capital do Canadá, servindo como um tributo aos milhões que sofreram sob a opressão.
“O Memorial às Vítimas do Comunismo – Canadá, uma Terra de Refúgio reconhecerá o papel internacional do Canadá como um lugar de refúgio para pessoas que fogem da injustiça e da perseguição e homenageará os milhões que sofreram sob os regimes comunistas”, disse o Departamento de Patrimônio Canadense em um comunicado à imprensa em 2 de dezembro.
O memorial é particularmente relevante para o Canadá, onde, em 2007, 25% da população — cerca de 8 milhões de pessoas — veio de países que suportaram o comunismo, de acordo com Alide Forstmanis, cofundadora e tesoureira do Tribute to Liberty, a principal promotora do projeto.
“[O comunismo] é horrível. É devastador para as pessoas. Está matando a liberdade. Transforma as pessoas em prisioneiras”, ela disse ao Epoch Times. “Vivemos apenas uma vida, e as pessoas não deveriam viver como prisioneiras.”
O projeto do memorial, cujo planejamento começou em 2007, enfrentou contratempos, incluindo uma demanda do falecido deputado do NDP Paul Dewar para o Ottawa Center em 2015 para realocá-lo de seu local originalmente designado em frente à Suprema Corte do Canadá. O memorial foi movido para o oeste, para os terraços do Jardim das Províncias e Territórios em Ottawa.
Nos estágios iniciais do projeto, a embaixada chinesa levantou objeções sobre o memorial em uma carta à Comissão da Capital Nacional, que supervisionou sua construção, de acordo com Ludwik Klimkowski, presidente do Tribute to Liberty. Depois disso, houve um esforço para substituir o termo “comunismo” por uma alternativa menos específica para evitar ofender a embaixada, disse Klimkowski ao Epoch Times em uma entrevista anterior.
Estima-se que os regimes comunistas tenham causado a morte de 100 milhões de pessoas globalmente por meio de assassinatos em massa, fomes provocadas pelo homem e outras medidas draconianas, de acordo com números citados pelo Tribute to Liberty e apoiados por análises históricas.
O Partido Comunista Chinês lidera causando cerca de 65 milhões de mortes, superando em muito os 20 milhões da União Soviética. Esse número inclui vítimas de movimentos políticos como o Grande Salto para Frente, que resultou em fome, e a Revolução Cultural, marcada por expurgos violentos.
Forstmanis, cujos pais vieram da Letônia governada pelos soviéticos, pediu aos ministérios provinciais da educação que incluíssem mais conteúdo nos currículos escolares abordando os danos do comunismo. Ela destacou a importância de educar as gerações futuras sobre os regimes opressivos e seus crimes para que a história não seja esquecida.
“Deveria haver mais história, para que entendamos e não repitamos os erros”, disse ela.