O Ministério da Defesa da Moldávia denunciou nesta sexta-feira a violação do espaço aéreo do país durante um ataque com mísseis feito pela Rússia contra a Ucrânia, em incidente condenado pelo governo de Chisinau.
Segundo o governo de Kiev, a mesma violação também ocorreu na Romênia.
De acordo com o Ministério da Defesa moldavo, às 10h18 locais (5h18 de Brasília), um míssil “atravessou o espaço aéreo da República da Moldávia”.
O projétil sobrevoou a localidade Mocra, na região separatista da Transnístria e, posteriormente, Cosauți, no distrito de Soroca, enquanto fazia trajeto “rumo à Ucrânia”.
“O Ministério da Defesa, em colaboração com as estruturas responsáveis no país, acompanha cuidadosamente a situação na região e condena energicamente a violação do espaço aéreo da República da Moldávia”, indica a pasta, em comunicado.
Anteriormente, o comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, havia informado pelo Telegram que mísseis de cruzeiro russos Kalibr cruzaram a fronteira do país com a Moldávia.
Segundo o militar, o lançamento havia sido feito a partir do Mar Negro.
Cosauti está a cerca de 130 quilômetros da cidade ucraniana de Vinnytsia, onde explosões foram registradas hoje, assim como em Zaporizhzhia, Odessa, Ivano-Frankivsk, Lviv, Jmelnitsky, Krivoi Rog e na província de Kiev.
Romênia não confirma
O Ministério da Defesa da Romênia, por sua vez, informou nesta sexta-feira que as informações sobre um míssil russo que havia sobrevoado o espaço aéreo do país “não estão confirmadas”.
A mensagem curta foi assinada pelo general de brigada Constantin Spinu, porta-voz da pasta, e foi enviada à imprensa local.
A Romênia faz parte da OTAN, e a entrada de um míssil russo no território do país aumentaria a tensão entre a Aliança e Moscou.
Não é a primeira vez que a Rússia é acusada de violar o espaço aéreo da Moldávia, que denunciou o sobrevoo de três mísseis de cruzeiro lançados por navios russos desde o Mar Negro, em outubro do ano passado.
Além disso, encontraram três vezes no país, fragmentos de míssil supostamente russo, após bombardeios contra a Ucrânia.
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