Os serviços de informação da Moldávia confirmaram nesta quinta-feira os planos para desestabilizar o país que foram denunciados em Bruxelas pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que acusou diretamente a Rússia.
O Serviço de Informação e Segurança da Moldávia (SIS) afirmou hoje em um breve comunicado que “foram detectadas ações para subverter a República da Moldávia, desestabilizar e perturbar a ordem pública”.
O SIS chegou a essa conclusão tanto pelas informações recebidas de Kiev como por suas próprias investigações.
“Atualmente, não podemos fornecer informações mais detalhadas, pois existe o risco de comprometer as atuais operações em andamento”, acrescentou, sem mencionar a Rússia.
Durante seu discurso na cúpula de chefes de Estado e de governo da União Europeia em Bruxelas, Zelensky denunciou as “atividades subversivas” da Rússia na Europa, especialmente na ex-república soviética da Moldávia.
Zelensky relatou que entrou em contato com a presidente da Moldávia, Maia Sandu, para informá-la de que “interceptaram o plano de destruição da Moldávia pela inteligência russa”.
“Este documento mostra quem, como e quando vai quebrar a democracia da Moldávia e estabelecer o controle sobre a Moldávia”, explicou o presidente ucraniano, acrescentando que “quando entendi de onde veio este documento, imediatamente alertei a Moldávia sobre essas ameaças para protegê-la”.
Sandu, que derrotou o pró-russo Igor Dodon nas eleições presidenciais de 2020, apoia Zelensky desde o início da invasão militar da Rússia na Ucrânia e seu país já recebeu centenas de milhares de refugiados ucranianos.
No início de fevereiro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o Ocidente busca transformar a Moldávia na “próxima Ucrânia” e que Sandu “está ansiosa para ingressar na OTAN”.
“Ela tem cidadania romena e está pronta para se unir à Romênia e, em geral, está pronta para tudo”, comentou.
Sandu, por sua vez, recentemente declarou que “temos que parar a Rússia e ajudar a Ucrânia a vencer a guerra, caso contrário, estaremos todos em perigo”.
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