Por Agência EFE
A moeda venezuelana, o bolívar, perdeu 14,75% do valor em relação ao dólar em uma semana, na qual a moeda americana disparou até 782.025,16 bolívares na sexta-feira (20), informou o Banco Central da Venezuela.
No início da semana, o dólar era cotado a 666.713,21 bolívares no mercado oficial, um dado que, em contraste com a cotação desta sexta-feira, oferece uma amostra da alta inflação no país sul-americano.
No mercado paralelo, onde ocorre a maioria das operações de compra e venda de divisas na Venezuela, o dólar era cotado a 855.478,39 bolívares nesta sexta-feira, um valor consideravelmente superior ao oficial.
Na quarta-feira passada (18), o preço do dólar no mercado paralelo superou pela primeira vez a barreira dos 700 mil bolívares por cada unidade.
O bolívar passou por dois processos de reconversão monetária: em 2008, perdeu três zeros e passou a se chamar bolívar forte, já em meados de 2018, perdeu outros cinco zeros e ganhou o nome de bolívar soberano.
Em meio à instabilidade da moeda local, a Venezuela vive um processo de dolarização “espontânea”. A maioria dos produtos à venda é calculada em dólares, e existe a possibilidade de pagar com a moeda americana ou em bolívares. Nesses casos, os comércios costumam se basear na cotação do mercado paralelo, não na oficial.
Este método de pagamento se difundiu até mesmo nas áreas mais populares, onde o cálculo dos preços é feito em dólares. Quem preferir pagar em bolívares precisar usar cartão de débito, já que a cédula de maior valor é a de 50 mil, o equivalente a menos de US$ 0,10.
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