Modi diz a Putin que Índia apoia solução pacífica para conflito na Ucrânia

Por Agência de Notícias
22/10/2024 14:59 Atualizado: 22/10/2024 14:59

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse nesta terça-feira (22) ao líder da Rússia, Vladimir Putin, que a Índia apoia uma solução para o conflito na Ucrânia exclusivamente por meios pacíficos.

“Como eu já disse no passado, acreditamos que o problema deve ser resolvido por meios pacíficos. Apoiamos totalmente a rápida restauração da paz e da estabilidade”, declarou Modi no início de sua reunião com Putin na cidade russa de Kazan, que sedia a cúpula do BRICS.

Modi enfatizou que a Índia sempre deu prioridade à vida humana e, portanto, para alcançar a paz, está pronta “para fornecer qualquer assistência no futuro”.

Esta não é a primeira vez que Modi declara publicamente seu apoio a um acordo pacífico e defende o fim antecipado das hostilidades entre russos e ucranianos.

O primeiro-ministro indiano e autoridades de seu governo realizaram várias reuniões nos últimos meses com Putin e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, uma posição equilibrada apreciada por Moscou e Kiev.

Outros nomes importantes da cúpula, como o chinês Xi Jinping e Luiz Inácio Lula da Silva – que sofreu um acidente doméstico e não comparecerá presencialmente ao fórum -, também apresentaram uma iniciativa de paz de seis pontos, que foi rejeitada pela Ucrânia por não fazer alusão à retirada das tropas russas.

Putin identificou Brasil, Índia e China como possíveis mediadores em futuras negociações de paz com a Ucrânia.

Modi também observou que muitos países querem se juntar ao BRICS, que já inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Emirados Árabes e Etiópia.

Por sua vez, Putin agradeceu a Modi pela decisão de abrir um consulado geral indiano em Kazan e disse que durante a cúpula do BRICS serão tomadas decisões que ajudarão a melhorar o funcionamento do grupo.

O governante russo descreveu as relações entre Moscou e Nova Délhi como uma “parceria estratégica privilegiada”, que foi fortalecida especialmente desde a eclosão da guerra na Ucrânia, devido à necessidade da Rússia de encontrar novos clientes para seus recursos naturais e matérias-primas.