Por Agência EFE
Os ministros da Saúde do Mercado Comum do Sul (Mercosul) realizaram nesta quinta-feira a última reunião da região para debater o impacto da pandemia do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), conhecido como novo coronavírus, tema central da próxima Cúpula da chefes de Estado do bloco, cuja presidência temporária passará do Paraguai para o Uruguai.
Uma das questões apresentadas aos ministros em sua videoconferência foi um estudo de viabilidade do Instituto Social do bloco para construir abrigos para casos confirmados e menores de COVID-19 em cidades fronteiriças dos países membros (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).
De tal maneira que esses abrigos, de gestão binacional, estão localizados “nas chamadas cidades-espelho de dois territórios diferentes que se opõem”, disse María Antonieta Gamarra, diretora de Relações Internacionais do Ministério da Saúde do Paraguai.
“Os ministros souberam do projeto e o trouxeram como um tópico a ser seguido na próxima reunião”, acrescentou, referindo-se às reuniões dos altos níveis do bloco e à cúpula de seis meses dos presidentes, entre 29 e 2 de junho e por videoconferência.
Gamarra acrescentou que os ministros da saúde “assinaram uma declaração em que expuseram todas as suas preocupações e questões que deveríamos levar em consideração como região em relação à COVID-19”, além de estabelecer uma posição quanto à possibilidade de encontrar uma vacina contra o vírus.
A esse respeito, acrescentou que os países do bloco expressaram preocupação em garantir acesso irrestrito às vacinas e que sua propriedade intelectual “não é uma barreira”.
Além da revisão de cada um dos países sobre o impacto da COVID-19, cada representante apresentou o status epidemiológico da região para resumi-lo em um relatório que descreve “como estão os Estados partes” com relação a outras doenças virais, como sarampo, febre amarela ou dengue.
“O Paraguai como país mediterrâneo e por estar no meio desses relatórios é muito útil para tomar decisões baseadas em evidências científicas”, disse Gamarra.
Que destacou que também recebeu uma proposta da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), com sede em Assunção, para conscientizar sobre a COVID-19.
“O futebol distrai as pessoas e, desse ponto de vista, o Conmebol apresentou uma proposta para o futuro”, afirmou.
E indicou que o programa consistiria em apresentar o cuidado que os jogadores terão que observar nas viagens, sessões de treinamento e no campo de jogo quando o futebol voltar.
Apoie nosso jornalismo independente doando um “café” para a equipe.
Veja também:
Regime chinês persegue e ataca companhia de dança internacional