Na segunda-feira (4), o ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, admitiu que os 44 tripulantes do submarino ARA San Juan morreram e confirmou que, meses atrás, a embarcação apresentou um problema semelhante, o que poderia ter originado a possível explosão que ocorreu antes de seu desaparecimento, no último 15 de novembro.
É a primeira vez que o governo reconhece publicamente a morte dos marinheiros
“Quer dizer que estão todos mortos?”, perguntou um jornalista, para o qual o ministro respondeu: “Exatamente”.
“Um relatório da Marinha” informou que “as condições de ambiente extremo em que este evento ocorreu e o tempo decorrido são incompatíveis com a vida humana”, disse o ministro no canal nacional Todo Noticias.
A decisão de suspender as buscas dá como certa a impossibilidade de haver sobreviventes.
Desde la Armada avalaron al ministro Aguad, que admitió que los 44 tripulantes del ARA San Juan están muertos: "La información está en sintonía. El tiempo y esas condiciones de ambiente extremo y adverso hacen que sea incompatible con la vida humana" pic.twitter.com/3OSAmoIWeF
— TN – Todo Noticias (@todonoticias) December 5, 2017
Além disso, Aguad mencionou o que já é conhecido, que o ARA San Juan apresentou um “problema semelhante” em setembro, mas que, antes de começar sua última missão, foram feitos “todos os reparos”, e o capitão então informou que o submarino estava “em perfeitas condições de navegação”.
“Nos primeiros dias de setembro, o capitão fez uma vistoria do navio ponto por ponto. Nós todos assinamos, e ele disse que o submarino estava em perfeitas condições para navegar. Houve um único incidente semelhante ao que aconteceu, o que acreditamos que aconteceu desta vez também, e que foi relatado pelo capitão. Teria entrado água no snorkel, com a diferença de que naquela ocasião, a água não atingiu as baterias”, disse ele.
Mais tarde, o ministro acrescentou: “O capitão deixou um relatório escrito dizendo que era necessário prestar atenção nisso quando o submarino, no primeiro semestre de 2018, passaria por manutenção. E deixou um registro disso. Além de outras avarias menores. Essa foi considerada uma avaria menor. A água, neste caso, entrou em uma espécie de tambor e se acumulou lá. E o capitão informou isso como um incidente “.
O ministro insistiu que “o compromisso” do presidente da Argentina, Mauricio Macri, é continuar com as buscas até encontrar o submarino.
Por enquanto, a busca do submarino continua. Cinco unidades navais argentinas e o navio chileno “Cabo de Hornos” continuam varrendo o fundo do mar na área de rastreamento.
“Las condiciones meteorológicas mejoraron, lo que permitió la inspección por parte del #avisoIslasMalvinas #AHORA se encuentra inspeccionando ese objeto/alteración de fondo a 940 mts que detectó el buque #oceanográficoCabodeHornos” #SubmarinoARASanJuan #Continúalabúsqueda pic.twitter.com/jDXW5Oj0UO
— Armada Argentina (@Armada_Arg) December 5, 2017
Também se juntará à equipe de busca o navio russo de exploração científica “Yantar”, e no próximo sábado será a vez do USN “Atlantis”.
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