O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta quarta-feira (23) que quando seu país lançar o anunciado e iminente ataque ao Irã, “todos entenderão” a preparação que foi feita.
“Quando atacarmos o Irã, todos entenderão o que vocês fizeram no processo de preparação e treinamento”, disse Gallant às tropas durante uma visita à base aérea de Hatzerim, no sul de Israel.
Durante o encontro com os pilotos, o ministro avisou que todos aqueles que atacaram Israel no último ano “pagaram um preço alto”, referindo-se às mortes em ataques israelenses de vários líderes dos grupos terroristas do Hamas na Faixa de Gaza e Hezbollah no Líbano.
A visita de Gallant aconteceu antes do ataque de Israel ao Irã em retaliação ao lançamento de 180 mísseis balísticos contra território israelense em 1º de outubro.
A maioria dos mísseis foi interceptada, embora alguns tenham caído nas proximidades de instalações militares no centro e no sul de Israel. Além disso, o ataque iraniano matou um palestino na Cisjordânia quando os destroços de um míssil interceptado caíram sobre ele.
Os alvos de Israel no Irã ainda são desconhecidos, embora os agentes internacionais estejam tentando há semanas dissuadir as autoridades israelenses de atacar refinarias de petróleo ou instalações nucleares.
Ontem, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reuniu-se com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e Gallant para discutir a crise na região e tentar moderar o alcance do ataque ao Irã.
“Se Israel cometer um erro, o Irã reagirá com veemência”, disse hoje o líder iraniano, Massoud Pezeshkian, em reunião com o líder russo, Vladimir Putin.
“Israel pode nos ferir, mas a reação que receberá e a magnitude do dano que será causado estarão além da imaginação”, declarou.
Israel está lidando com o suposto vazamento de dois documentos da inteligência dos EUA sobre a preparação do ataque, informou o portal Axios no domingo, que foram divulgados no Telegram.
O jornal The Times of Israel diz que os documentos não foram verificados, enquanto o Pentágono, de onde supostamente veio o vazamento, não comentou o assunto.