O Ministério Público do Peru invadiu, no sábado, a casa do ex-secretário do Palácio do Governo de Lima, Bruno Pacheco, investigado por suposto tráfico de influência, por supostamente solicitar ao chefe da Administração Tributária favores para empresas com impostos devidos.
Pacheco, que renunciou em novembro passado ao cargo de secretário do Palácio, também está sob investigação pela suposta pressão exercida sobre os comandantes-generais do Exército e da Aeronáutica para supostamente promover irregularmente militares do círculo íntimo do presidente do Peru, Pedro Castillo.
Quando ainda não havia pedido demissão, o Ministério Público invadiu o gabinete de Pacheco, no Palácio do Governo, encontrando, em seu banheiro pessoal, 20 mil dólares em dinheiro que os investigados atribuíram a poupanças pessoais.
Além da casa de Pacheco, no sábado também foram invadidos os escritórios das empresas que o ex-secretário supostamente pretendia beneficiar por meio de sua influência sobre o chefe da Superintendência Nacional de Administração Aduaneira e Tributária (Sunat), Luis Enrique Vera.
O processo esteve a cargo do procurador Marco Huamán, da Segunda Promotoria Especializada em Crimes de Corrupção de Oficiais de Lima, e teve a supervisão do procurador superior, coordenador nacional anticorrupção, Omar Tello, além do apoio de agentes da Polícia Nacional do Peru (PNP).
Durante a investigação, o procurador pôde verificar que as informações sobre os supostos atos ilícitos provinham de comunicações por meio de aplicativos de mensagens instantâneas entre Pacheco e Vera.
Huamán também havia solicitado a busca na casa da ex-prefeita do distrito de Lima de Villa María del Triunfo, a Silvia Barrera, que está incluída no caso como testemunha, mas o juiz encarregado de proteger a investigação não autorizou a investigação de sua residência.
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