Minas plantadas por grupos armados deixam 8 mortos na Venezuela

Ministro da Defesa culpou os 'terroristas armados do narcotráfico colombiano'

12/02/2022 11:44 Atualizado: 12/02/2022 11:44

Por Agência EFE 

Pelo menos oito pessoas morreram na Venezuela devido à detonação de minas antipessoal instaladas no estado ocidental de Apure, na fronteira com a Colômbia, por grupos armados originários do país andino, informou o ministro da Defesa chavista, Vladimir Padrino López, na sexta-feira, sem detalhar em o período de tempo em que esses civis morreram.

“Infelizmente, na semana passada recebemos a notícia de oito mortes na cidade, pela população civil, entrando em suas casas, viajando em motocicletas, que foram vítimas do ato criminoso desses terroristas”, afirmou Padrino em um comunicado, após mostrar um vídeo em que explicavam a descoberta dessas minas.

Acrescentou que, no andamento da operação Escudo Bolivariano 2022, implantada desde janeiro passado nas cidades fronteiriças com a Colômbia, “neutralizaram” – palavra utilizada de forma ambígua e que frequentemente indica morte – nove suspeitos de terrorismo e conseguiram a captura de outros 56.

Sobre as minas antipessoal encontradas na operação, explicou que são “dispositivos explosivos improvisados ​​que transportam estilhaços e pólvora, causando muito dano, matando pessoas e crianças” e que são “de fabricação colombiana”.

Ele afirmou que esses explosivos “improvisados” foram encontrados em estradas e até em frente a escolas nos municípios de Páez e Rómulo Gallegos, localizados na região conhecida como Alto Apure.

Acrescentou que, durante as operações, foram desmanteladas 16 “instalações improvisadas utilizadas para fins logísticos, para a preparação de aparelhos eléctricos, para manter as pessoas ali raptadas, para fins diversos e para processamento de drogas”.

Além disso, assegurou que durante o deslocamento foram apreendidos 1.200 quilos de cocaína, 800 quilos de maconha e armas de diversos calibres foram apreendidas, assim como 3.600 munições de diversos tipos, três aeronaves, equipamentos de comunicação e outros tipos de veículos e utensílios para fabricação de explosivos e preparação de medicamentos.

O ministro da Defesa culpou os “terroristas armados do narcotráfico colombiano” ou “Tancol”, sigla inventada pelo governo venezuelano para se referir a esses grupos e que não se refere a nenhuma gangue específica, por tentar “se instalar” em território venezuelano.

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