O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, Jaime Vela, disse nesta terça-feira que militares do país estão mais perto de localizar ‘Fito’, o chefe de um grupo do tráfico que fugiu de uma penitenciária, desencadeando uma série de ataques que levaram o presidente do país, Daniel Noboa, a declarar uma situação de “conflito armado interno”.
“Estamos cada vez mais próximos, e certamente o vulgo ‘Fito’ está sentindo isso”, disse em entrevista coletiva conjunta com o comandante da polícia, César Zapata, na qual falou que Estados Unidos e Colômbia estão fornecendo apoio de inteligência nesse tipo de trabalho com o setor de segurança.
Com relação aos parentes de ‘Fito’ expulsos na semana passada da Argentina, entre eles a esposa do traficante, Inda Peñarrieta, Vela explicou que, como não há nenhum processo legal contra eles, são pessoas livres, embora terão que ficar sob vigilância.
As autoridades descobriram a fuga de ‘Fito’ em 7 de janeiro, quando se preparavam para transferi-lo para uma prisão de segurança máxima. Durante as buscas por ele, grupos criminosos realizaram vários ataques, classificados por Noboa como terroristas.
Resultado das operações
Durante a primeira quinzena da declaração de conflito armado interno contra o crime organizado, 3.219 pessoas foram presas no Equador, das quais 158 por suposto terrorismo.
O número consta em um balanço do governo equatoriano sobre as operações policiais e militares realizadas nesse novo cenário, no qual 22 gangues do crime organizado foram consideradas como grupos terroristas e agentes não estatais beligerantes.
Entre 9 e 23 de janeiro, as autoridades equatorianas também afirmam ter matado cinco supostos membros dessas gangues. Dois policiais foram mortos e outros 11 libertados de vários sequestros aparentemente realizados por essas máfias.
Durante esse período, foram apreendidas 1.087 armas de fogo, 1.383 armas brancas, 169 alimentadores de armas, mais de 48.200 munições e quase 5.000 explosivos.
As agências de aplicação da lei do Equador também apreenderam mais de 35,7 toneladas de drogas e mais de US$ 23.200 em dinheiro.
De acordo com o relatório do governo, houve 13 ataques à infraestrutura pública e privada e outros 13 a estabelecimentos policiais na última quinzena.
As forças da lei e da ordem realizaram 36.390 operações e apreenderam 15 barcos e um semissubmersível carregados com drogas.