Por Petr Svab, Epoch Times
A militante socialista Allison Hrabar já não trabalha mais para o Departamento de Justiça (DOJ), dias depois de ter sido flagrada em um vídeo secreto do Projeto Veritas falando sobre resistir à administração Trump a partir de dentro e descrevendo o que poderia ser o uso ilegal de recursos governamentais.
“Posso confirmar que ela não trabalha mais aqui”, disse o porta-voz do Departamento de Justiça para o Epoch Times via correio eletrônico, sem ser mais específico. Hrabar, membro e organizadora de uma seção dos Socialistas Democráticos dos Estados Unidos (DSA) em Washington, D.C., ganhou notoriedade quando ela e outros membros importunaram a secretária de Segurança Nacional Kirstjen Nielsen em público, perseguindo-a do lado de fora de um restaurante em Washington.
Jornalistas disfarçados do Projeto Veritas infiltraram-se nas fileiras da seção dos Socialistas Democráticos da América (DSA) e filmaram em segredo a Hrabar e outros falando sobre suas atividades.
“Falamos muito durante o trabalho sobre como podemos resistir a partir de dentro, e há vários modos, algo como empurrar para trás”, disse Hrabar a um repórter disfarçado quando perguntada se seus colegas fazem alguma coisa para lutar contra as iniciativas de presidente Donald Trump.
Hrabar, que havia trabalhado como assistente jurídica na divisão anti-monopólio do DOJ, também descreveu como várias vezes, intencionalmente, atrasava seu trabalho para causar prejuízos.
Em outra ocasião, disse que para descobrir o endereço do lobista de Washington, Jeremy Wiley, “nós pesquisamos a placa” de seu carro usando ferramentas do governo para hostilizá-lo em frente à sua casa.
“Não podemos fazer isso oficialmente”, disse Hrabar.
Dois outros membros do DSA disseram aos jornalistas infiltrados que Hrabar utilizava seu acesso privilegiado ao banco de dados LexisNexis em seu computador de trabalho para investigar as pessoas apontadas pelo grupo.
O uso de recursos do governo para fins políticos constitui uma violação da Lei Hatch que, entre outras coisas, proíbe os funcionários federais de se engajarem em atividades políticas durante o serviço. Também constitui uma violação de um estatuto do Código de Regulamentos Federais, que estabelece que os funcionários federais “devem agir com imparcialidade e não podem dar tratamento preferencial a qualquer organização ou pessoa privada”.
“Essas acusações são profundamente preocupantes”, disse o porta-voz do DOJ para o Epoch Times. “A política do Departamento proíbe o mal uso de recursos governamentais para promover interesses pessoais. Já estamos investigando isso e também informamos sobre esse assunto ao Inspetor Geral”.
Efeitos colaterais do Veritas
Os vídeos do Projeto Veritas geralmente levam a consequências rápidas para seus objetivos, como renúncias, demissões e investigações.
Três vídeos foram lançados entre 18 e 20 de setembro, também apresentando outros membros do DSA, incluindo o funcionário do Departamento de Estado Stuart Karaffa, que disse que rotineiramente executa atividades políticas para o DSA durante seu horário de trabalho. O Departamento de Estado disse que está investigando o caso.
Outro alvo foi Jessica Schubel, ex-assessora de políticas do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), que disse que seus ex-colegas estavam repassando a ela informações privilegiadas, incluindo documentos confidenciais.
“Essas supostas ações não são apenas inaceitáveis, mas possivelmente ilegais, e justificam uma investigação rápida e minuciosa”, disse o porta-voz do HHS ao Epoch Times.
O terceiro vídeo mostrou Natarajan Subramanian, auditor do Escritório de Responsabilidade Governamental dos Estados Unidos (GAO), que disse que regularmente viola as regras e se engaja em atividades proibidas usando suas horas de trabalho para atender às solicitações do DSA.
Em resposta, o porta-voz do GAO, Chuck Young, disse ao Epoch Times que Subramanian “foi afastado de qualquer trabalho em curso no GAO e teve cortado seu acesso aos equipamentos do departamento”.
Young também disse que o GAO planeja investigar o trabalho anterior de Subramanian.