Milhares de pessoas expressaram oposição ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e suas políticas na quarta-feira, tomando as ruas das principais cidades do país em passeatas que também se transformaram em apoio a Israel.
De acordo com a polícia, 52 mil pessoas participaram do dia de protestos convocados “para salvar” a Colômbia, que transcorreu de forma pacífica e sem tumultos.
Aos gritos de “Fora, Petro” e “Não quero uma ditadura como a de Cuba”, os resultados da última pesquisa de fevereiro sobre a popularidade do presidente mostraram um índice de desaprovação de 58%, embora sua aprovação tenha aumentado nos últimos meses.
“O governo de Petro não nos representa como colombianos”, justificou Jon, um dos manifestantes dessa passeata, da qual também participaram figuras políticas como o senador Miguel Uribe, do uribista Centro Democrático.
“As razões pelas quais não concordamos com o governo de Gustavo Petro não cabem em uma só mão”, comentou o deputado Miguel Polo Polo à Agência EFE.
Polo destacou como principal motivo as nomeações do presidente, como “a do senhor Gustavo Bolívar”, que foi nomeado “diretor de Prosperidade Social e não tem o perfil profissional ou a experiência militar”.
Apoio a Israel
A bandeira tricolor da Colômbia foi exposta ao lado da estrela de Israel em uma manifestação enquanto dezenas de milhares de pessoas em Bogotá caminhavam desde o Parque Nacional para se reunir na Praça Bolívar, supostamente contra a corrupção e as políticas de Petro.
“Petro superou seus problemas internos e está intervindo em problemas que não lhe dizem respeito”, afirmou Jon, manifestante que disse apoiar Israel enquanto segurava uma bandeira azul e branca “com muito orgulho” em ambas as mãos.
Cerca de 20 manifestantes, que protestaram pelas ruas da capital com uma grande bandeira azul e branca, justificaram sua escolha como uma forma de se manifestar contra o presidente que “enfraqueceu o Exército colombiano ao enviar armas militares contra Israel”, o que não é verdade.
O que foi chamado de “marcha de mais maiorias” reuniu milhares de pessoas em todo o país com faixas, cartazes e cartazes com os dizeres “Fora, Petro”.
As passeatas foram uma iniciativa liderada tanto pela oposição cidadã quanto por militantes do direitista Centro Democrático, que concentraram nas ruas diferentes vozes críticas ao governo nacional.