Milhares de iranianos vão às ruas para comemorar ataques com gritos de “morte a Israel”

Por Agência de Notícias
02/10/2024 18:12 Atualizado: 02/10/2024 18:12

Milhares de iranianos se reuniram nas ruas de Teerã nesta quarta-feira (02) para comemorar o ataque de mísseis do Irã contra Israel no dia anterior, embora a maioria tenha se mantido indiferente ao bombardeio e às tensões no Oriente Médio.

Com gritos de “morte a Israel” e “morte aos Estados Unidos”, os manifestantes se reuniram na Praça Imam Hussein, em Teerã, onde também foram ouvidas canções em apoio à aliança terrorista anti-Israel liderada pelo Irã, o “Eixo de Resistência”, composto por Hezbollah, Hamas, houthis iemenitas e grupos xiitas do Iraque.

“Haniyeh, Hassan (Nasrallah), seu caminho continua”, afirmaram os manifestantes em referência ao líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e ao líder do Hamas, Ismail Haniyeh, mortos por Israel.

A multidão carregava bandeiras do Irã e de seus aliados Hezbollah, Líbano e Palestina, além de fotos de Nasrallah, informou a agência de notícias estatal IRNA.

Esse ato ocorre um dia após o ataque do Irã com cerca de 200 mísseis ao território israelense em retaliação aos assassinatos de Nasrallah, do general de brigada da Guarda Revolucionária Iraniana, Abbas Nilforushan, no sábado, em Beirute, e de Haniyeh, em julho, em Teerã.

Apesar dessa comemoração, a maioria dos iranianos viveu o dia com aparente normalidade e uma certa indiferença após os ataques.

“Por enquanto, estou vivendo normalmente, fazendo compras de rotina e na cidade tudo está normal e parece que nada aconteceu”, relatou à Agência EFE Mahan, uma dona de casa de 58 anos, que estava em um supermercado no norte de Teerã cheio de clientes.

Ainda assim, ele expressou seu temor quanto às consequências do ataque da noite passada com cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel.

“Acho que teria sido melhor se o Irã não tivesse atacado Israel”, opinou.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez ameaças contra Teerã, que, segundo ele, “cometeu um grande erro” com o lançamento do míssil e “pagará por isso”.