Milhares de britânicos protestam por morte de Floyd, mesmo com advertências

06/06/2020 17:31 Atualizado: 06/06/2020 17:31

Por EFE

Londres, 6 jun – Apesar dos avisos de saúde das autoridades, milhares de pessoas no Reino Unido foram às ruas neste sábado para protestar contra o racismo e em repulsa pelo assassinato do negro George Floyd por um policial no dia 25 de maio nos Estados Unidos.

Uma multidão, composta em sua maioria por pessoas usando máscaras e luvas, se reuniu na Praça do Parlamento, no centro de Londres, enquanto manifestações também foram convocadas em outras partes do país.

A Comissária da Polícia Metropolitana de Londres (MET), Cressida Dick, alertou que os protestos com mais de seis pessoas são ilegais devido às restrições impostas para combater o novo coronavírus. Já a polícia da Irlanda do Norte está conduzindo bloqueios de estradas e ameaçando processar aqueles que violam os regulamentos.

O ministro do Interior britânico, Priti Patel, pediu para a população não participar de manifestações para que a segurança de todos fosse mantida em meio à pandemia.

Na mesma linha da polícia, Patel disse entender que as pessoas querem expressar sua opinião, mas afirmou que elas precisam colocar a saúde pública em primeiro lugar.

Os protestos no Reino Unido, que terminaram com 13 pessoas presas na última quarta-feira, foram inspirados pelos que estão sendo realizado EUA nos últimos dias por causa da morte de Lloyd. O homem de 46 anos morreu sufocado depois que um policial pressionou o joelho contra o seu pescoço por vários minutos na cidade de Minneapolis.

Em um comunicado conjunto, as organizações britânicas Freedom from Torture e Joint Council for the Welfare of Immigrants exigiram que o governo de Londres aja contra o racismo, o qual consideram “sistêmico”, que também existe no Reino Unido. Ambas afirmaram haver um tratamento discriminatório arraigado, que afeta áreas como educação, habitação, emprego e saúde, e que isso ficou mais evidente durante a crise sanitária, que causou proporcionalmente mais mortes entre minorias étnicas do que no restante da população do país.