O presidente da Argentina, Javier Milei, renovou a liderança do Exército com a aposentadoria de 22 generais e a nomeação do general de brigada Alberto Presti como o novo chefe da instituição, de acordo com um decreto assinado em 30 de dezembro que foi divulgado nesta terça-feira.
A decisão do presidente também afeta a Força Aérea e, especialmente, a Marinha, onde sete almirantes e três brigadeiros passaram para a reserva ativa.
Além das mudanças na liderança militar ordenadas por Milei, a decisão de se afastar voluntariamente foi tomada em 23 de dezembro pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, tenente-general Juan Martín Paleo, que foi nomeado para o cargo durante a presidência de Alberto Fernández (2019-2023), e substituído pelo general de brigada Xavier Isaac.
O major brigadeiro Fernando Luis Mengo assume o comando da Força Aérea, substituindo Xavier Isaac, enquanto o contra-almirante Carlos María Allievi assume como novo chefe da Marinha.
Essa mudança no alto escalão militar é a maior dentro das Forças Armadas desde a que foi feita em 2003 pelo então presidente Néstor Kirchner (2003-2007).
Além dessas nomeações, Javier Milei planeja realizar uma auditoria dos recursos e funções dentro das Forças Armadas, além da política de austeridade nos gastos que emanou do decreto de necessidade urgente (DNU) assinado pelo novo presidente em 20 de dezembro.
Em um gesto incomum, o ministro da Defesa, Luis Petri, participou do jantar de Ano Novo com a guarda do Colégio Militar na noite de domingo nas instalações do Campo de Maio.