O Candidato ultraliberal à presidência da Argentina, Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, disse durante o debate pré-eleitoral no domingo (8), que o país não vai “aderir à Agenda 2030”, nem ao Acordo de Paris, caso seja eleito.
“Não vamos aderir à Agenda 2030. Não vamos aderir ao marxismo cultural, não vamos aderir à decadência”, declarou Milei, o candidato mais votado nas primárias realizadas em 13 de agosto.
O debate de domingo, realizado na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), foi o segundo obrigatório entre os cinco candidatos à presidência da Argentina – em 1º de outubro aconteceu o primeiro.
“Somos o único espaço que apresentou uma agenda de energia que contém todas as restrições aplicáveis na Europa. Estamos em conformidade excessiva”, declarou Milei em resposta a uma pergunta do candidato peronista dissidente e atual governador da província de Córdoba, Juan Schiaretti.
O confronto mais tenso nessa parte do debate foi entre o Milei e a candidata esquerdista Myriam Bregman.
Ela pediu a Milei que esclarecesse suas ideias sobre mudanças climáticas e feminicídio, que a candidata descreveu como “negacionistas”.
“Antes de mais nada, não minta”, respondeu Milei.
“Não nego a mudança climática, o que digo é que há ciclos de temperaturas na história da Terra e este é o quinto”, alegou.
Milei argumentou que “a única diferença” nesse ciclo climático é que “agora existe o ser humano”.
“Todas essas políticas que culpam os seres humanos pela mudança climática são falsas, e a única coisa que buscam fazer é arrecadar dinheiro para financiar socialistas preguiçosos que escrevem ‘papers’ de quinta categoria”, disse.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – comumente conhecidos como a Agenda 2030 – foram adotados pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015 e , na superfície, trata-se de um plano de ação global elaborado pela ONU para colocar o mundo em um caminho mais “sustentável e resiliente” até 2030
O Acordo de Paris foi negociado em 2015 pelos 195 países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima durante a 21ª Conferência sobre Mudança do Clima em Paris.
Atualmente, a Argentina reconhece ambos os tratados.
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