O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou nesta sexta-feira perante o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que o país voltou para o lado da democracia e da liberdade sob o seu mandato.
“A Argentina decidiu voltar para o lado do Ocidente, para o lado do progresso, para o lado da democracia e, sobretudo, para o lado da liberdade”, declarou Milei quando questionado pela imprensa sobre sua mensagem aos Estados Unidos.
O presidente argentino, do partido de extrema-direita A Liberdade Avança, fez estas declarações ao receber Blinken, que está pela primeira vez em visita oficial à Argentina, na Casa Rosada.
Antes do encontro, o secretário de Estado fez um passeio pela Praça de Maio, local icônico onde se reúnem desde 1977 mães e avós de pessoas desaparecidas durante a ditadura argentina.
O encontro entre Milei e Blinken acontece um dia antes da viagem do presidente argentino a Washington para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), o maior encontro anual da direita americana, onde coincidirá com Donald Trump.
Apesar da proximidade de Milei com o republicano, o Executivo do democrata Joe Biden construiu uma relação estreita com o novo governo argentino nos seus primeiros dois meses de mandato.
Blinken está na Argentina poucos dias depois da visita do chefe do Departamento de Estado para a América Latina, Brian Nichols, que elogiou o “amplo esforço” de Milei para reformar a economia argentina.
O novo governo argentino está focado em um pacote de reformas para desregulamentar a combalida economia do país e, na política externa, alinhou-se com Washington após os anos do kirchnerismo.
Milei convidou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para sua cerimônia de posse e visitou recentemente Israel para demonstrar seu apoio ao Estado judeu, gestos que os Estados Unidos acolheram com satisfação.
Também na agenda da reunião está a situação na Venezuela, depois de ter sido confirmada a inabilitação eleitoral da candidata presidencial da oposição María Corina Machado.
Blinken chegou a Buenos Aires após sua passagem pelo Brasil, onde se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e participou da reunião de chanceleres do G20, no Rio de Janeiro.