O presidente da Argentina, Javier Milei, desembarcou nesta terça-feira no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, para uma visita oficial de três dias na qual deverá declarar o Hamas como organização terrorista.
“Bem-vindo a Israel, senhor presidente. Viva la libertad, carajo!”, disse Katz em sua saudação ao governante argentino na escada do avião.
“Você é uma pessoa de valores que está comprometida apenas com a verdade e não é surpreendente que tenha escolhido vir a Israel imediatamente para nos apoiar na luta justa para defender o povo judeu contra os assassinos do Hamas”, declarou Katz, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Katz também expressou sua gratidão pelo reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e destacou que é o momento de anunciar a transferência da embaixada argentina de Tel Aviv para aquela cidade; ao que Milei respondeu positivamente.
“Obrigado por reconhecer Jerusalém como capital de Israel e por anunciar agora a transferência da embaixada argentina para Jerusalém, capital do povo judeu e do Estado de Israel”, comemorou o ministro.
Após sua chegada a Israel, Milei viajará para Jerusalém, onde visitará o Muro das Lamentações, um dos locais sagrados do judaísmo, onde percorrerá os túneis e rezará com o rabino Wahnish, pessoa de maior confiança do presidente.
O libertário tem estado muito próximo da religião judaica nos últimos meses, embora ainda não esteja claro se a professa abertamente.
Em seguida, o presidente argentino se reunirá com seu homólogo israelense, Isaac Herzog, em sua residência oficial em Jerusalém.
Amanhã, quarta-feira, Milei terá um encontro com empresários israelenses e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e depois visitará o Museu do Holocausto e visitará a Cidade Velha de Jerusalém.
Na quinta-feira, último dia de Milei em Israel, o presidente visitará o kibutz Nir Oz, localizado a poucos quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza e alvo dos ataques do Hamas em outubro, onde vivia uma grande comunidade de israelenses-argentinos.