Por EFE
Nova Iorque, 31 jul – A Microsoft negocia a compra do TikTok, que se tornou um fenômeno de massas, embora o governo dos Estados Unidos tenha considerado proibir o aplicativo chinês no país por representar um problema para a segurança nacional e a privacidade dos americanos, de acordo com o jornal “The New York Times”.
As fontes consultadas pelo jornal especificaram o ponto em que as conversações se encontram, o que poderia levar à entrada da Microsoft em participações do Tiktok, propriedade da empresa chinesa ByteDance, avaliada em cerca de US$ 100 bilhões.
O governo do presidente Donald Trump estudava, entre outras medidas, forçar a ByteDance a se desfazer dos ativos nos Estados Unidos, especialmente o TikTok, o qual adquiriu em 2017.
Segundo “The Wall Street Journal”, a decisão de forçar a ByteDance a realizar esse desinvestimento já teria sido tomada, embora o próprio presidente tenha dado a entender nesta sexta-feira que ainda não há nada definido.
“Estamos olhando para o TikTok. Poderíamos proibir o TikTok”, declarou o mandatário, que disse ter várias alternativas sobre a mesa.
Outras medidas contra a empresa chinesa – criadora do Tuotiao, o maior portal de notícias da China – analisadas pelo governo dos EUA, era incluir a ByteDance na lista de entidades estrangeiras que não podem adquirir produtos e serviços nos Estados Unidos sem autorização prévia.
Os legisladores americanos começaram notar o TikTok à medida que a popularidade do app nos Estados Unidos aumentava astronomicamente. A fama gerou a preocupação de que o governo chinês poderia influenciar a empresa a repassar dados sobre os americanos ou promover certos conteúdos para influenciar a política dos EUA ou outras áreas.
Essas suspeitas contra o TikTok também coincidem com o aumento das tensões entre China e Estados Unidos sobre espionagem industrial e disputas comerciais.
Fundado em 2014, o TikTok cresceu ao ser adquirido pela ByteDance e hoje possui 800 milhões de usuários em todo o mundo.
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