O México suspendeu as relações diplomáticas com o governo do Equador, conforme ordenou na sexta-feira o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.
Sua declaração surge após agentes da polícia terem invadido a embaixada do México em Quito, capital do Equador, para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas, a quem ontem foi concedido asilo pelo governo mexicano após sua entrada em dezembro do ano passado.
López Obrador declarou que a invasão constituía uma violação flagrante do direito internacional e da soberania do México.
“Esta é uma violação flagrante do direito internacional e da soberania do México, razão pela qual instrui a nossa chanceler a emitir uma declaração sobre este ato autoritário, proceder legalmente e declarar imediatamente a suspensão das relações diplomáticas com o governo do Equador”, disse o mandatário.
Por sua vez, a chanceler mexicana confirmou o rompimento imediato das relações diplomáticas com o Equador, sustentando que a entrada de elementos da polícia equatoriana representa uma violação da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
“Em consultas com o presidente López Obrador, dada a flagrante violação da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e os ferimentos sofridos pelo pessoal diplomático mexicano no Equador, o México anuncia o rompimento imediato das relações diplomáticas com o Equador”, indicou na rede social X, ex-Twitter.
Segundo a Chancelaria, o ex-vice-presidente equatoriano estava na embaixada mexicana no Equador desde 17 de dezembro de 2023.
O chefe da Chancelaria e Assuntos Políticos da Embaixada, Roberto Canseco, em declarações a jornalistas, denunciou que os agentes equatorianos invadiram e atacaram os guardas da sede diplomática.
“Isso é totalmente inaceitável, não pode ser, é uma barbárie”, disse Canseco e garantiu que os agentes o agrediram quando os confrontou para tentar impedi-los de violar o espaço da Embaixada do México em Quito.
Uma fonte próxima aos acontecimentos afirmou à Agência EFE que Glas foi detido na unidade diplomática e transferido para uma unidade do Ministério Público em Quito.
